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Norris tira proveito de safety-car no GP de Miami, anula Verstappen e vence 1ª na F1

O safety-car ajudou muito, mas o ritmo da McLaren foi superior ao da Red Bull no GP de Miami

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imagem cameraLando Norris venceu o GP de Miami (Foto: CLIVE MASON/AFP)
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Grande Premio
Miami (EUA)
Dia 05/05/2024
18:51

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A Fórmula 1 enfim viu um vencedor diferente, e não foi preciso que Max Verstappen estivesse fora de jogada para isso acontecer. Lando Norris conseguiu se valer da única brecha aberta e venceu o GP de Miami, realizado neste domingo (5), a primeira da carreira do britânico na Fórmula 1, o retorno da McLaren ao degrau mais alto do pódio desde o GP da Itália de 2021.

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O GP de Miami foi bem mais frenético que o esperado, embora a corrida tenha contado com apenas uma intervenção do carro de segurança, em acidente envolvendo Kevin Magnussen e Logan Sargeant. Só que a entrada do safety-car foi decisiva para colocar Norris em larga vantagem à frente de Verstappen, e isso porque o veículo entrou na pista logo após a passagem do #4, já na liderança, pela linha de chegada.

Com Lando ainda tendo de fazer a parada obrigatória, a McLaren imediatamente deu o aviso de box. Só que Norris acabou levando muita vantagem por ter se posicionado entre o pelotão e o safety-car — àquela altura, já segurando todo o grupo, inclusive Verstappen.

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Max, que instantes antes atropelara um dos sinalizadores na chicane, até tentou evitar o ‘atrevimento’ do britânico com uma ótima relargada, mas o carro laranja prevaleceu à frente. E dali em diante, num ritmo muito mais forte que o RB20, foi abrindo vantagem volta a volta. A menos de cinco giros do fim, a diferença já era maior que 6s.

Charles Leclerc completou o pódio, mais uma vez batendo Carlos Sainz. Sergio Pérez, apagado, foi o quinto, com Lewis Hamilton completando em sexto. Yuki Tsunoda pontuou novamente e ficou em sétimo, à frente de George Russell. Fernando Alonso e Esteban Ocon fecharam o top-10.

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A Fórmula 1 retorna de 17 a 19 de maio com o GP da Emília-Romanha, no circuito de Ímola.

Confira como foi o GP de Miami da F1 2024:

Mais uma vez, o dia em Miami foi marcado pelo calor: 29°C de temperatura ambiente, com 46°C de asfalto e 58% de umidade relativa do ar — cenário que deixou as equipes preocupadas quanto ao desgaste e trabalhar com os pneus na janela ideal de temperatura, porém a corrida sprint mostrou que não seria totalmente equívoco apostar em uma estratégia alternativa.

Tal tática, no caso, seria começar com os pneus macios — a menos indicada pela Pirelli, porém que foi a escolha de Valtteri Bottas, largando do fundo do pelotão e apostando em um stint curto no início para tentar alcançar algumas posições.

Hamilton, Alonso, Magnussen e Ricciardo também foram por um caminho diferente, porém com os compostos duros, enquanto todo o resto calçou os compostos de faixa amarela, escolha principal sugerida pela fabricante italiana.

Quando as luzes se apagaram, Verstappen fez o de sempre: partida segura, sem ameaças, enquanto Leclerc largou muito mal. Pérez, então, tentou dar o bote por dentro para cima das duas Ferrari, mas perdeu completamente o ponto de freada na curva 1 e foi superado não apenas pelos carros vermelhos, como também por Piastri, em ótimo início de prova. O mexicano chegou a ficar sob investigação por uma possível queima de largada, mas não foi constatado irregularidade.

F1 Grand Prix of Miami
(Foto: Chris Graythen / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

Atrás, o ritmo era frenético. No meio do pelotão, pega intenso entre as Alpine, com Gasly e Ocon lado a lado nas estreias curvas do setor intermediário. Melhor para o #10, que se colocou à frente do companheiro de equipe e, depois, galgou mais alguns lugares para cima de Alonso e Albon.

Hamilton, em contrapartida, sofria com os duros e via novamente uma Haas pelo meio do caminho — agora, a de Hülkenberg. O #44 conseguiu recuperar o posto perdido assim que os compostos começaram a atingir temperatura, porém o alemão tomou de volta o lugar. Por fim, Hamilton efetuou a ultrapassagem que valeu o sétimo lugar no oitavo giro e trouxe consigo Russell, que começou a perseguir o piloto da Haas na briga pelo oitavo posto. E a ultrapassagem sobre Hülkenberg veio na volta 12.

Alheio a tudo isso, Verstappen seguia firme na liderança, com Piastri agora na sequência, após deixar Leclerc para trás no giro 5, confirmando o bom ritmo de corrida apresentado pela McLaren no final de semana. Charles, contudo, ainda mantinha o australiano a uma distância curta.

Com 13 voltas completadas, a janela de pit-stops foi aberta, mas por Alexander Albon, de pneus médios. Hülkenberg, Gasly, Stroll, Albon, Sargeant e Bottas foram na sequência, todos agora colocando os compostos duros.

Enquanto isso, Norris perseguia Pérez com um carro aparentemente muito mais rápido na briga pelo quinto lugar. Já Piastri começava a sofrer muito mais pressão de Leclerc, porém o monegasco apanhava mais que o esperado mesmo com o DRS ativado.

Na volta 18, Pérez foi chamado para os boxes em um pit-stop que durou 1s9 e retornou em décimo. Mais dois giros e foi a vez de Leclerc realizar excelente troca de pneus também em 1s9, voltando à pista em sexto, tendo à sua frente Hamilton. A ultrapassagem, entretanto, aconteceu logo em seguida.

De repente, um objeto não identificado surgiu na pista, seguido de um rádio de Verstappen pedindo para a equipe checar se estava “tudo bem” com a asa dianteira. E não demorou para o motivo ser relevado: simplesmente o neerlandês atropelou um dos sinalizadores na chicane das curvas 13 e 14 — cena bizarra e muito mais comum com a turma do fundão.

Após uma demora absurda, enfim a direção de prova optou pelo safety-car virtual, e nessa, Alonso, Ocon e Magnussen correram para os boxes. Verstappen entrou assim que a pista foi novamente liberada, enquanto Sainz e Piastri foram juntos na volta 27. Naquele momento, então, o líder era Norris.

Só que dois giros depois, o safety-car real entrou em ação após batida entre Magnussen e Logan Sargeant — que, inclusive, rendeu mais 10s na conta do dinamarquês da Haas no final de semana. Era a janela perfeita para o famoso ‘tudo ou nada’ para os que buscam uma única chance de bater Verstappen tendo ele na pista.

Foi o ‘tudo ou nada’ da McLaren, que chamou Norris para a troca de pneus, só que a FIA, tão acostumada a ter o tricampeão na liderança, resolveu autorizar a entrada do carro de segurança após a passagem de Norris pela linha de chegada. A vantagem foi lógica, pois dali em diante, todo o pelotão foi segurado pelo safety-car.

Norris voltou ainda em primeiro, mais de 30s à frente de Verstappen. A direção de prova, então, ordenou o realinhamento, mas o erro já havia interferido diretamente nas posições.

Grid reposto, Leclerc, Piastri, Sainz, Pérez, Tsunoda, Hamilton, Russell e Ocon fechavam o top-10. A corrida recomeçou na volta 33, com Verstappen espero na relargada e já tentando recuperar a liderança pelo lado de fora, na curva 1, porém Norris conseguiu se defender e manter a ponta. A verdade era que a McLaren, de fato, vinha com um ritmo de corrida até melhor que o da Red Bull, ou seja: Lando foi capaz de abrir mais de 1s no giro seguinte.

Leclerc buscou aproveitar logo a brecha e passar Verstappen, mas sem sucesso. Norris, em contrapartida, tratou de fazer voltas rápidas para não permitir que Max tivesse a asa móvel. Pelo rádio, o #1 reclamava que não conseguia fazer as curvas. “É um desastre”, bradou.

Com Norris abrindo vantagem, Piastri tentava bloquear os ataques de Sainz em uma acirrada briga pelo quarto lugar. Em uma das tentativas, houve toque entre ambos, com o #81 não apenas sendo superado como ficando com avarias e sendo forçado a nova ida aos boxes para trocar o bico.

Na frente, Norris continuava abrindo distância, e a transmissão mostrava a tensão tanto nos boxes da McLaren quanto do lado da Red Bull, mas por razões opostas. Era evidente, naquele momento, que só um desastre impediria a primeira vitória de Norris na categoria, portanto todo cuidado era pouco. E quando enfim veio a bandeirada, todo o grid aplaudiu o feito de Lando, devolvendo a McLaren ao degrau mais alto do pódio após três anos.

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(Foto: Giorgio Viera / AFP)

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