Papo com Castroneves: Sua Majestade, o Oval!
A IndyCar é a competição que mais oferece diversidade no automobilismo mundial
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Olá, meus amigos, tudo bem?
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Mesmo antes da abertura da temporada 2024 do NTT IndyCar Series, cuja primeira etapa acontecerá no dia 10 de março, no circuito urbano da cidade de Saint Petersburg, na Flórida (USA), as novidades não param de surgir. Às vésperas de iniciar o cumprimento de um vasto e empolgante calendário de 17 etapas, a IndyCar acrescentou mais um oval.
Quando as datas foram apresentadas, ainda no ano passado, já faziam parte o Indianapolis Motor Speedway, Iowa, Madison e Milwaukee. Agora, a etapa de encerramento, em Nashville, não será mais em traçado urbano, mas sim no famoso oval da cidade da música.
Essa boa presença de ovais só comprova que a IndyCar é a competição que mais oferece diversidade no automobilismo mundial, com provas nos históricos mistos permanentes, nos desafiadores circuitos de rua e nos velocíssimos ovais.
Obviamente que todos os campeonatos, sejam eles mundiais, nacionais ou regionais, apresentam desafios dos mais excitantes. Cada piloto, tenha vindo ele de qualquer parte do mundo para enfrentar as agruras do automobilismo internacional, traz consigo as características de suas origens no esporte. E quanto maior é o desafio, mais exigente é a necessidade de adaptação ao “novo mundo esportivo” em termos de pistas.
A dificuldade que se impõe ao piloto estrangeiro é potencializada no automobilismo de monopostos dos Estados Unidos. Mesmo nas categorias de base, aquelas que abrigam jovens dos mais diversos países que buscam chegar ao topo do automobilismo dos Estados Unidos, a diversidade de traçados é característica marcante, com os ovais já fazendo parte da rotina.
Por experiência própria, ao chegar nos Estados Unidos, depois de quatro anos de corridas quase sempre em circuitos mistos permanentes, quase todos da chamada “velha escola” ou “escola europeia”, não foi fácil encarar os ovais. Porque, nos ovais, não basta sentar pela primeira vez e sair acelerando como se estivesse voltando à velha e boa bicicleta, aquela que a gente nunca esquece.
No oval, para quem vem de fora, não tem essa de “bicicleta”, não. Praticamente todos os pilotos internacionais que desembarcaram nos Estados Unidos só tiveram aqui a primeira experiência no oval. E você tem de chegar numa boa, na manha, quase que pedindo licença para, aos poucos, pegar confiança e ir aumentando aos poucos o seu envolvimento com o oval.
Vai de cada piloto o tempo de familiarização com a pista que exige virar o volante apenas para um lado. Mas vou falar uma coisa para vocês, também por força da minha experiência. É uma alegria gigantesca sentir que conseguiu abraçar o carro e o oval, quase que se tornando um só. É como se o impossível tivesse acontecido.
Se num passado não muito distante, correr em oval poderia parecer coisa de maluco, ele acaba se tornando um lugar para chamar de seu quando o aval deixa de ser um bicho de sete cabeças e passa a ser mais uma pista totalmente familiar.
E, se com tudo isso, você ainda ganhar corridas em ovais, é o máximo do desafio cumprido. E quando essas vitórias lhe enchem de anéis, aí, meus amigos, realmente é possível traduzir tudo isso numa única palavra: Felicidade!
A grande verdade é que, quaisquer que sejam as pistas que teremos pela frente, a verdade é que a temporada 2024 da IndyCar será uma das mais desafiadoras da história.
Grande abraço a todos e até semana que vem.
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