Papo com Helio Castroneves: ‘Depois de Indianapolis, Detroit’
Piloto conta em sua coluna sobre a performance na Indy 500 e já foca na próxima corrida
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Olá, amigos! Quero começar a coluna de hoje cumprimentando a equipe Ganassi pela grande performance na Indy 500, no domingo passado, em especial o vencedor Marcus Ericsson e o meu amigo Tony Kanaan, que chegou em 3º. Obviamente que adoraria estar aqui comemorando a quinta vitória no Indianapolis Motors Speedway, mas estou feliz porque a Meyer Shank Racing completou as 200 voltas de forma robusta e competitiva. E não estou falando só de mim, mas dos dois carros da equipe.
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Como falei na semana passada, já havíamos alcançado um acerto muito bom para a corrida e encontrado uma solução para a questão da velocidade, que tanto fez falta no Qualifying. No Carb Day, na sexta-feira, realmente a performance foi melhor, mas apesar de todo o trabalho que eu e o meu engenheiro fizemos até o último treino, a velocidade ainda não era aquela que precisávamos.
Se vocês me perguntarem o que aconteceu para esse déficit, a resposta mais honesta que posso dar é: não sei. Enquanto estou escrevendo, ainda estamos investigando. Apesar disso, fui para a corrida com muita confiança por um bom resultado e com uma estratégia muito bem definida, tendo em vista que estava largando em 27º.
Era preciso muita cautela para não se envolver em confusão nas primeiras voltas e estar entre os 15 primeiros quando a corrida atingisse 100 voltas. Para as 50 voltas finais, precisaria estar no Top 10 e aí partir com tudo. Tudo isso, é claro, contando com ótimo trabalho no pit nas seis paradas programadas.
Fui bem conservador no stint inicial. Na volta à pista, após meu primeiro pit, na volta 36, passei a andar em 18º antes do primeiro Safety Car, provocado pelo acidente do Rinus Veekay, na 38ª volta. Quando o Callum Ilott bateu na volta 69, eu estava em 18º e fiz o segundo pit na volta 72. A partir daí, até o terceiro pit (volta 106), fiquei em 14º, quando o Romain Grosjean bateu. Ou seja, estava cumprida a segunda meta.
Na segunda metade da prova, fui avançando e completei a 150ª em 9º lugar. Fiz minha quarta parada (volta 146) ainda sob bandeira verde, pouco antes de o Scott McLaughlin bater. Aí, até o fim, fui andando forte e assumi a 7ª posição logo na última relargada, após a bandeira vermelha provocada pelo Jimmie Johnson. Cruzei a linha de chegada em 7º e o meu companheiro de equipe, o Simon Pagenaud, logo a seguir.
A evolução do 27º para 7º foi possível porque todo mundo trabalhou de forma perfeita e, vou ser honesto com vocês, se tivesse um pouco mais de velocidade, estaria ali no bolo nas últimas três voltas. De qualquer maneira, seria muito difícil vencer os pilotos da Ganassi, pois eles tinham de sobra o que estava faltando para mim.
No todo, foi uma jornada muito feliz em Indianapolis. Como vencedor do ano passado, meu rosto estava por todos os cantos da cidade, dei uma infinidade de entrevistas e recebi muitas homenagens que me emocionaram bastante. Para completar, depois dos anos de ausência por causa da pandemia, meus pais puderam estar comigo novamente na Indy 500, ao lado da minha irmã e meus sobrinhos. Foi muito legal.
Mas foi um resultado muito bom, diante das circunstâncias, e agora estou seguindo para Detroit, local da próxima corrida do NTT IndyCar Series, no domingo agora, a partir das 16h30 (horário do Brasil), com transmissão da TV Cultura e da ESPN/Star+.
É isso aí. Até semana que vem e muito obrigado pela torcida.
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