Papo com Helio Castroneves: um passeio com todos os carros da minha carreira na IndyCar
Em 26 anos de envolvimento com a IndyCar, o piloto brasileiro participou de mudanças significativas de carros e motores da categoria
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Olá, amigos, tudo bem? Hoje eu quero falar um pouco da minha carreira na IndyCar, que somam até aqui nada menos do que 394 corridas. Desde o dia 15 de março de 1998, em Homestead, na Flórida, até junho agora (9), em Road America, no Wisconsin, tenho vivido todas as transformações da categoria como piloto e, mais recentemente, como sócio de equipe também.
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Mas, por algum motivo, eu me peguei tentando lembrar todos os carros que pilotei e concluí que foram vários. Obviamente que não dá nem para comparar com a Fórmula 1, que troca de carro todo ano. Já a IndyCar tem uma filosofia totalmente diferente. Ela preserva o mesmo carro durante vários anos para brecar os custos e promover o equilíbrio de forças.
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Quando entrei na categoria, em 1998, sob a bandeira da CART (Championship Auto Racing Teams), o leque de opções técnicas era bem amplo. As equipes poderiam optar pelos chassis Penske, Reynard, Swift, Eagle e Lola. O mesmo acontecia quando à diversidade de motores, pois existiam Ford, Toyota, Mercedes e Honda. No meu caso, eu usava o Reynard 98i Mercedes IC108E da Bettenhausen Racing.
Em 1999, segunda equipe, segundo carro. Fui para a Hogan Racing, que utilizava o Lola B99 e o Mercedes IC108E3. No ano seguinte, troquei de equipe novamente – fui para a Penske – passei por nova troca de equipamento. Naquela temporada, Roger Penske optou por Reynard 2KI e o motor Honda HR-0. O mesmo aconteceu em 2001.
Naquele ano, aliás, corri também com o Dallara IR-01 e o motor Oldsmobile Aurora Indy V8, que acabou sendo meu quarto carro na Indy, com o qual conquistei minha primeira Indy 500. Paralelamente à participação na CART, Roger Penske dava os primeiros passos na Indy Racing League, campeonato que passaríamos a disputar integralmente em 2002, com Dallara IR-02 e o Chevrolet V8. Apesar da mudança do nome, o motor era uma evolução do de 2001.
Geração japonesa na IndyCar
Em 2003, os chassis G-Force GF09 (vão contando, esse foi meu quinto carro) e o Dallara IR-03 foram opções que a Penske disponibilizou para mim e para o Gil. Já o motor, como diria a propaganda, “quannnnta diferença”. Passamos para o Toyota Indy V8. Esse mesmo pacote, mas sem a opção do G-Force, perdurou até 2005. Foi quando iniciou a geração Honda. Até o final da temporada de 2011, fomos de Dallara IR-05 e motor Honda HI11R Indy V8.
Aquele que classifico como meu sexto carro na Indy foi o Dallara DW12, todo de fibra de carbono, carro totalmente novo que estreou em 2012. O DW foi uma homenagem ao falecido Dan Wheldon, que participou diretamente do desenvolvimento. Vale dizer que eu fui o vencedor da primeira corrida do campeonato com esse carro e foi justamente em St. Petersburg, na Flórida, onde Dan morava. A emoção foi grande diante da oportunidade de render homenagens a ele com uma vitória. O conjunto Dallara DW-12 e o motor Chevrolet V6 perdurou por seis anos.
Já meu mais recente carro na IndyCar é o mesmo DW12, mas com Aeroscreen, o que mudou completamente também pela introdução do motor híbrido, Honda, no nosso caso na Meyer Shank Racing. Adoro treinar, adoro experimentar carros novos, adoro testar novidades. Em boa medida, a Indy me proporcionou isso. É isso, amigos. Forte abraço e até semana que vem.
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