Com quebra de recorde no feminino, africanos dominam a São Silvestre
Queniana Jemima Sumgong conquista a prova pela segunda vez; no masculino, vitória foi do etíope Leul Aleme, com brasileiro Giovani dos Santos terminando em quarto
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Não deu para ninguém! Liderando desde os primeiros quilômetros a queniana Jemima Sumgong, medalhista de ouro na maratona da Rio-2016, faturou o lugar mais alto do pódio na 92ª edição da São Silvestre. Além da sua segunda conquista em solo brasileiro, a atleta ainda deixa seu nome na história da competição ao quebrar o recorde da compatriota Priscah Jeptoo, em 2011 (48min48s), chegando com o tempo de 48min34s.
No masculino, a primeira colocação também ficou com um atleta africano. O etíope Leul Aleme, que marcou 44min51s, seguido pelo compatriota Dawit Admasu e o queniano Stephen Kosgei. O brasileiro Giovane dos Santos terminou na quarta colocação. Desde 2007, apenas africanos vencem a prova feminina. A sequência na masculina é menor, vem desde 2011.
PROVA FEMININA
Depois de de ter obtido o ouro na Olimpíada do Rio, em agosto último, a queniana Jemima Sumgong venceu a São Silvestre na manhã deste sábado.
Mesmo admitindo que poderia enfrentar dificuldades durante os 15km, por precisar se mais veloz, já que ela vê a resistência como sua melhor qualidade, Jemima se mostrou muito à vontade durante todo o percurso, como se estivesse passeando pelas ruas da capital paulista, que ela conheceu, pela primeira vez, na manhã deste sábado.
Nem o forte calor e a alta umidade pareceram atrapalhar a queniana. Na hora da largada, exatamente às 8h40, os termômetros apontavam 25 graus. No final da prova, já se aproximava dos 30º. A umidade relativa do ar girou em torno dos 60%.
O pódio foi completo por Flomena Cheyech, do Quênia, Eunice Chumba, do Bahrein e das etíopes Ymer Ayalew e Ester Kakuri. A melhor brasileira foi Tatiele de Carvalho, com a sétima posição.
Giovani chega em quarto
Colocado como o melhor entre os brasileiros no masculino, Giovani dos Santos fez uma boa prova e conseguiu melhorar seu resultado em relação à edição passada. Com o tempo de 45min30s, ele novamente foi o mais bem colocado do país, terminando na quarta colocação.
Sempre presente no pelotão de frente, o atleta chegou a liderar a prova, porém a subida da Brigadeiro Luis Antonio, juntamente com o alto ritmo imposto pelos africanos, fizeram com que Giovani se distanciasse.
- Eu fiz o que pude. Eu achei que na Brigadeiro eu poderia superar eles, mas não deu - afirmou à Gazeta.
Porém, ele acredita que está cada vez mais perto do inédito título da São Silvestre e afirma que enquanto puder correr, participará do último evento do calendário esportivo.
- Quem sabe o lugar mais alto do pódio não vai chegar - disse à Gazeta.
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Rapazes sentem o forte calor
O forte calor que chegou aos 30 graus no encerramento da elite masculina e castigou seus participantes. Assim que cruzaram a linha de chegada, os primeiros colocados mostraram muito cansaço, deitando-se no chão, jogaram água no rosto e até tiraram os tênis.
Durante a premiação, o etíope Admasu passou mal e se retirou da cerimônia. Giovani dos Santos também não se sentiu bem durante a execução do hino nacional, mas atribuiu o desconforto ao forte ritmo da prova.
CLASSIFICAÇÃO FINAL - FEMININO
1ª Jemima Jelagat (Quênia) – 48min35s
2ª Flomena Cheyech Daniel (Quênia) – 49min15s
3ª Eunice Cehbicii (Bahrein) – 50min26s
4ª Ymer Wude (Etiópia) – 51min40s
5ª Ester Chesang Kakuri (Etiópia) – 51min45s
7ª Tatiele Roberta de Carvalho (Brasil) – 54min01s
CLASSIFICAÇÃO FINAL - MASCULINO
1º Leul Aleme (Etiópia): 44m53
2º Dawit Admasu (Etiópia): 44m55
3º Stephen Kosgei (Quênia): 45m00
4º Giovani dos Santos (Brasil): 45m30
5º Willian Kibor (Quênia): 45m49
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