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Peru e Chile avançam às finais da SSL Gold Cup e se juntam ao Brasil

Peruanos liderados por Stefano Peschiera venceram a chave sul-americana. Entre os europeus, Portugal e República Tcheca também avançaram

Festa chilena no qualificatório para a SSL Gold Cup Finals (Foto: FELIX DIEMER)
imagem cameraFesta chilena no qualificatório para a SSL Gold Cup Finals (Foto: FELIX DIEMER)
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Grandson (SUI)
Dia 13/06/2022
12:03

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As eliminatórias sul-americanas para a SSL Gold Cup Finals, a Copa do Mundo da Vela, terminaram neste domingo com a vitória do Peru, comandado pelo atleta olímpico Stefano Peschiera. Os peruanos ganharam a última regata com pontuação dobrada e estão classificados para as provas finais, que serão entre 28 de outubro a 20 de novembro de 2022, na cidade de Manama, no Bahrein. O Chile terminou na segunda colocação do grupo, que tinha Uruguai e Venezuela, e também carimbou seu passaporte.

As equipes sul-americanas se juntam ao Brasil do bicampeão olímpico Robert Scheidt no mata-mata da nova competição, que tem semelhança ao Mundial da Fifa. Outro país vizinho que estará nas disputas no Oriente Médio é a Argentina, comandada pelo ídolo da vela Santiago Lange.

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A decisiva regata do qualificatório da SSL Gold Cup foi realizada com vento fraco em Grandson. Na tabela, Peru, Uruguai e Chile entraram empatados, não podendo haver erros. Os venezuelanos, sem chance de avançar, largaram sem pressão e abriram pequena vantagem. Os peruanos, que não eram favoritos à vaga, se mantiveram perto da ponta e ganharam a prova quase no photo-finish. Foram três vitórias consecutivas.

- Não éramos favoritos, mas mantivemos a cabeça fria e fizemos reuniões técnicas pós-regatas para melhorar. Estamos felizes por representar o Peru e vencer a competição. Agora esperamos seguir Brasil e Argentina, que são os grandes da vela do continente. Quem sabe a gente faça treinos juntos e compartilhe informação para defender a América do Sul - explicou Stefano Peschiera, representante do país em Tóquio 2020 na Laser.

Os chilenos, na água, conseguiram navegar bem durante a semana, mas a perda de pontos na véspera colocou o time em situação complicada, tendo que chegar à frente de pelo menos um adversário numa prova valendo o dobro. O tático Felipe Etchenique, que mora em São Paulo (SP), destacou

- Foi dramática e difícil. Perdemos pontos na véspera e virou tudo. Com o empate entre as equipes, a regra era quem chegasse na frente hoje. Depois da largada passamos o Uruguai e no final só marcamos eles, era essa a estratégia - contou Felipe Etchenique.

- Seria uma pena a gente ficar de fora, mas estamos muito contentes em estar nas finais. Agora vamos ver nossos amigos do Brasil no Bahrein.

Portugal homenageia Cristiano Ronaldo com título na Suíça

Na chave europeia, Portugal e República Tcheca estarão no Bahrein nos meses de outubro e novembro para a SSL Gold Cup Finals. A regata final foi a mais emocionante da série, com alternância de posições desde a largada. Na última perna de popa (vento a favor), os portugueses ganharam mais velocidade e cruzaram em primeiro lugar. A segunda vaga ficou com a República Tcheca, que deu um jibe antes do fim e por poucos segundos superou Bulgária e Turquia.

Os portugueses tiveram na proa um dos talentos da vela do país, que é Mafalda Pires de Lima. A atleta é a atual vice-campeã do Mundial Junior de Snipe ao lado do irmão Tomás Pires de Lima. Na edição deste ano, que será em Cascais, em agosto, a velejadora tentará o ouro no geral.

- Foi uma série difícil, mas acreditamos do começo ao fim. A equipe foi se adaptando ao longo da semana às funções a bordo, por isso velejamos melhor e melhor. No Bahrein queremos chegar até a final - explicou Mafalda Pires de Lima.

No pódio após o hino do país, os portugueses fizeram a famosa comemoração do ídolo Cristiano Ronaldo com o grito de "Siiiiii", mesmo usado pelo craque do Manchester United e da seleção campeã europeia de 2017.

A próxima eliminatória será entre os países latino-americanos Cuba, Guatemala e México, além do Qatar. As regatas ocorrem no mesmo Lago Neuchâtel, de 27 de junho a 3 de julho. A última qualificatória será de 11 a 17 de julho e terá dois grupos. China, Índia, Malásia e África do Sul estão em uma chave e Coréia do Sul, Singapura, Tailândia e Ucrânia na outra.

Duas nações se qualificam para as oitavas e depois às quartas-de-final. Se o Brasil passar em primeiro entra no grupo de Itália, Espanha e mais uma equipe a definir nas eliminatórias. Se terminar em segundo, a tripulação verde e amarela encara Nova Zelândia e Austrália, além do primeiro da chave que pode ser França ou Suécia, chave considerada a ''da morte'' no campeonato.

Os argentinos estão também nas oitavas, na mesma chave dos Estados Unidos. Se passarem em primeiro, pegam Grã-Bretanha e Dinamarca na fase seguinte. Avançando em segundo, entram no mesmo grupo de Alemanha e Holanda.

Como a Copa do Mundo da Fifa, a SSL GOLD CUP oferece um desafio singular com oportunidades iguais para todas as 40 equipes, que correm exatamente no mesmo barco, o SSL 47, um veleiro de alto- desempenho de 14 metros, entregue pela organização.

Além do chamado Brazilian Storm, apelido dado à equipe brasileira, a SSL Gold Cup terá os melhores velejadores do mundo como Ian Williams e Sir Ben Ainslie (SSL Team GBR), Tom Slingsby (SSL Team Austrália), Anne-Marie Rindom (Dinamarca), Xavier Rohart (SSL Team France), Taylor Canfield (SSL Team United States) e outros mais.

Diferentemente do que ocorre nos Jogos Olímpicos, em que a medal race (regata da medalha) premia o barco mais regular levando em conta os resultados das regatas anteriores, vencerá a SSL Gold Cup a equipe que correr mais rápido na hora da decisão. Os países serão eliminados fase a fase até a Grande Final, com apenas quatro seleções. O troféu será organizado a cada quatro anos pela Sailing Athletes Foundation (SAF).

Assim como no futebol, cada time contará com 11 atletas. A bordo do SSL Team Brazil estarão as bicampeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze, ao lado de Henrique Haddad, Gabriel Borges, Henry Boening, Juninho de Jesus, Joca Signorini, Alfredo Rovere e Mário Trindade.

Os velejadores serão liderados pelo multicampeão Robert Scheidt, dono de cinco medalhas olímpicas e capitão da equipe. O CEO do SSL Team Brazil é Bruno Prada, que tem duas medalhas olímpicas ao lado de Scheidt na classe Star: uma prata em Pequim 2008 e um bronze em Londres 2012.

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