Por que o movimento da Simone Biles é inovador para a ginástica? Daniele Hypólito explica o motivo do salto ser tão especial

Devido às questões de saúde mental, a norte-americana Simone Biles deu uma pausa de dois anos, mas voltou às competições de ginástica em 2023. No Mundial de Antuérpia, na Bélgica, a atleta entrou para a história executando um salto inédito de extrema dificuldade, o Yurchenko Double Pike. Após o feito da representante dos Estados Unidos, o movimentou ganhou um novo e especial nome: Biles II. O salto foi registrado com a maior nota pelo código da Federação Internacional de Ginástica (FIG) usado como/ parâmetro para competições internacionais: 14.949 pontos.

O movimento feito por Simone, além de ser complicado na execução, também é difícil de se explicar, por ser raro e pelo fato de poucos atletas conseguem atingi-lo. Para tirar as suas dúvidas, o Lance! bateu um papo com a medalhista de prata no solo do Mundial de Ghent e a ginasta brasileira com mais participações em Jogos Olímpicos, Daniele Hypólito.

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A PRIMEIRA QUE EXECUTOU NO FEMININO

Daniele explica que foi um salto de extrema dificuldade com um valor alto, pois Biles foi a primeira que executou este movimento na categoria feminina. No masculino, já existe esta mobilidade; no entanto, poucos meninos conseguem executá-lo.

— O salto da Simone Biles tem um valor muito alto, porque é um movimento de extrema dificuldade e ela foi a que executou primeiro no feminino. No masculino já existe esse salto, mas poucos meninos conseguem executá-lo. Apesar da mesa ser 10 cm mais alta, no caso da Simone, ela faz uma entrada no qual lápis de costas no trampolim e entra de costas. Os na mesa de Salto, sendo a famosa que é o famoso yorkenko, ou rondada Flick, e ela faz 2 giros mortais na posição carpada que ficaria rondada Flick duplo carpado. O duplo carpado é um elemento muito difícil no salto que só meninos fazem e mesmo assim nem todos fazem. Por isso que o grau de dificuldade do movimento é o grau de dificuldade mais alto do código de pontuação — disse Hypólito.

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SALTO DE DIFICULDADE EXTREMA 

— Se procurar em finais mundiais de salto até no masculino é muito raro você ver esse movimento sendo executado, porque ele, realmente, é muito difícil. Você gira dois mortais porque tem os giros que são as piruetas e os duplos. Ela faz o duplo, sendo muito difícil. Na modalidade, ela gira 2 ×, dois mortais no ar na posição carpado. Vindo de um apoio, sem você bater com o pé no chão porque o Salto, você não apoia o pé no chão, a força é toda no braço para você girar 2 vezes, então é muito difícil. É um Salto muito difícil — finalizou Daniele. 

Simone Biles homologou seu segundo movimento no solo, o que explica o fato do nome dado ao salto ser 'Biles II'. A acrobacia feita por ela é considerada a mais difícil da modalidade, ao exigir uma execução milimétrica em cerca de seis segundos.

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FEITO HISTÓRICO

A ginasta se isolou como a segunda atleta com mais movimentos nomeados em sua homenagem. A americana possui cinco acrobacias com seu nome, ficando atrás apenas da histórica ginasta russa Svetlana Khorkina, que tem oito movimentos homologados.