Presidente da CBAt renuncia ao cargo em meio a denúncias
Investigado por emissão de notas frias em convênio com a Secretaria de Esportes de São Paulo, dirigente alega motivos de saúde para deixar a função, que exercia desde 2012
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O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, renunciou ao cargo neste domingo, um dia antes da Assembleia Geral anual da confederação, em Atibaia, São Paulo (SP), que debaterá, entre outros assuntos, uma série de denúncias sobre sua gestão na entidade. O dirigente alegou problemas de saúde para deixar a função.
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Ele já não participaria da Assembleia, pois na última sexta-feira anunciou que tiraria férias até o dia 20 de abril.
"Por motivo de saúde, tendo sido submetido a duas cirurgias em seis meses, e na iminência de passar por uma terceira, apresento nesta oportunidade minha renúncia ao cargo de Presidente da Confederação Brasileira de Atletismo. Desejo a todos muitas felicidades na condução do Atletismo nacional", escreveu Toninho, em carta.
Conforme publicado pelo "Uol", o cartola é investigado por um convênio entre a CBAt e a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (SELJ) do Estado de São Paulo referente à realização do Troféu Brasil de 2014. A entidade prestou contas de R$ 555 mil para pagamentos de alimentação e hospedagem de 370 atletas, mas os clubes foram os responsáveis por arcar com os custos.
Na semana passada, a confederação admitiu em ofício enviado às federações que o serviço descrito na nota de fato nunca foi prestado. Mas não informou o que houve com os recursos. A SELJ abriu um procedimento preliminar de averiguação do caso.
A pressão na comunidade do atletismo aumentou nos últimos meses para sua saída. De quebra, Fernandes sofreu mais uma derrota na última sexta-feira, quando perdeu o pleito para uma das vagas no Conselho Administrativo do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Ele ficou em nono, com 19 votos. Só os oito primeiros entraram.
O novo presidente da CBAt é Warlindo Carneiro, de Pernambuco, que trabalhava como vice desde que Toninho assumiu, em 2012.
Outro ponto obscuro na gestão de Toninho foi o cancelamento de um convênio firmado com o Ministério do Esporte visando a criação da Rede Nacional de Treinamento de atletismo, que tinha centros de treinamento em Bragança Paulista e no Rio de Janeiro.
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