Punido pelo COB, Wallace já havia se aposentado ‘duas vezes’ da Seleção Brasileira de vôlei
Oposto defendeu a equipe principal do Brasil entre 2010 e 2022, acumulando medalhas importantes
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O Comitê Olímpico do Brasil (COB) firmou um acordo com Wallace para substituir a punição de cinco anos longe das quadras pela renovação de uma suspensão de 90 dias, mas manteve o atleta vetado de atuar com a camisa da Seleção Brasileira por um período de um ano. No entanto, o oposto de 35 anos já estava aposentado definitivamente da equipe de vôlei brasileira desde o ano passado, quando conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial.
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A aposentadoria do ano passado foi "a segunda" de Wallace. Em agosto de 2021, o jogador gravou um vídeo para as redes sociais informando que estava deixando a Seleção Brasileira, uma decisão que já pensava "há muito tempo". Cerca de um ano depois, o oposto voltou atrás e reforçou a equipe de Renan Dal Zotto na disputa do Campeonato Mundial. O atleta foi, inclusive, o grande destaque brasileiro na disputa de terceiro lugar, com 22 pontos anotados.
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Wallace topou desistir da aposentadoria da Seleção para suprir a ausência de outros opostos da equipe brasileira, mas confirmou que passaria a jogar apenas por clubes novamente após o fim do torneio. Na ocasião, ele ressaltou a importância da conquista do bronze depois de um resultado frustrante nas Olimpíadas de Tóquio, mas disse que o Brasil estava bem servido de opostos.
Wallace viveu uma carreira muito vitoriosa na Seleção Brasileira. O atleta estreou na seleção juvenil em 2007, sendo campeão mundial sub-21. Três anos depois, estreou na equipe principal na fase classificatória da Liga Mundial. A partir de então, conquistou um ouro e uma prata olímpicos, duas pratas e um bronze mundiais, um ouro na Liga das Nações, quatro pratas na Liga Mundial e um ouro no Pan-Americano.
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CASO WALLACE
Em janeiro deste ano, Wallace fez uma publicação incitando ódio contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ato pelo qual foi punido por 90 dias. No entanto, às vésperas da fase final da Superliga de vôlei masculino, o atleta conseguiu uma liminar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para entrar em quadra pelo Cruzeiro. O Conselho de Ética do COB, por outro lado, manteve a suspensão ao oposto e ameaçou punir a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), caso ele entrasse em quadra.
Cruzeiro, Wallace e CBV decidiram se apoiar na liminar do STJD e o atleta entrou em quadra na decisão do torneio, vencida contra o Minas por 3 a 0. A escalação do oposto irritou o COB, que resolveu punir todos os envolvidos. Inicialmente, o jogador foi suspenso por cinco anos, o presidente da CBV, Radamés Lattari, afastado do cargo, e a confederação, suspensa por seis meses, com a recomendação de cortes de patrocínio por parte do Banco do Brasil e do Ministério do Esporte.
Nesta segunda-feira, as diferentes partes chegaram a um acordo para diminuir as penalizações. A punição de cinco anos a Wallace foi substituída por nova suspensão de 90 dias, enquanto as punições à CBV foram trocadas por uma multa.
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