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Quem é Marco La Porta, candidato à presidência do COB?

Saiba a trajetória esportiva do concorrente de Paulo Wanderley


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Marco La Porta, de 57 anos, é um dos dois concorrentes à presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB). O candidato da oposição foi vice-presidente da entidade entre o início de 2018 e março deste ano, quando deixou o cargo por divergências com Paulo Wanderley, atual presidente e agora rival eleitoral. A eleição acontecerá nesta quinta-feira (3), às 9h30 (de Brasília), no Parque Maria Lenk, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

La Porta deixou a vice-presidência dentro do prazo estipulado pelo estatuto do COB para lançar a sua candidatura. O ex-dirigente tem a medalhista olímpica Yane Marques como vice da chapa intitulada “COB Unido”.

➡️ Marco La Porta x Paulo Wanderley: compare as ideias dos candidatos à presidência do COB

Marco La Porta
Marco La Porta recebe prêmio "Sou do Esporte" (Foto: Divulgação / COB)

Currículo de Marcos La Porta

Marco La Porta foi oficial do Exército durante 30 anos, chegando ao posto de coronel, e hoje está na reserva. A vida militar, porém, sempre andou lado a lado com o esporte. Em 1992, se formou em Educação Física na Escola do Exército. Depois, também fez mestrado em Ciência da Motricidade Humana na Universidade Castelo Branco e cursos de especialização em treinamento esportivo na Universidade Gama Filho.

A modalidade mais próxima de La Porta é o triathlon, que envolve natação, ciclismo e corrida. Depois de praticar o esporte durante a carreira militar, se tornou treinador. Como vice-presidente da Confederação Brasileira de Triathlon, foi chefe de equipe nas Olimpíadas de Londres e Rio de Janeiro. Posteriormente, em 2017, foi eleito presidente da mesma entidade. Já fora do COB, acompanhou de perto os atletas brasileiros da modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris.

O agora candidato da oposição se tornou vice-presidente do COB em 2018. No ano anterior, o presidente Carlos Arthur Nuzman renunciou ao cargo, dando lugar a Paulo Wanderley. La Porta, então, foi eleito vice com a ampla maioria dos votos, superando os concorrentes Marcel de Souza e José Medalha.

Durante boa parte dos seis anos de gestão, La Porta teve relação próxima com Paulo Wanderley. O dirigente foi escolhido, inclusive, como chefe de missão dos Jogos Pan-Americanos de 2019 e das Olimpíadas de Tóquio, edição em que o Brasil obteve o maior número de medalhas da sua história.

O rompimento com Paulo Wanderley

Marco La Porta não concorda com a candidatura de Paulo Wanderley, uma vez que o presidente chegará a 11 anos à frente do COB caso seja eleito, superando o máximo de oito anos permitido pelo estatuto da entidade. O atual mandatário, no entanto, entende que este seria apenas o segundo mandato, já que assumiu inicialmente como “tampão”. A candidatura foi validada pelo Conselho de Ética do comitê.

O desejo de se reeleger de Paulo Wanderley foi um dos motivos para o afastamento de Marco La Porta, que percebeu durante a gestão que não teria a candidatura apoiada pelo presidente, conforme contou em entrevista exclusiva ao Lance!.

– Começamos a discordar de algumas coisas ali da gestão, que eu participava como vice-presidente. E eu entendia também que era uma sucessão natural; quando você chega num posto de vice-presidente, a ascensão profissional que você deseja é a presidência. Em março deste ano, cumprindo o que o Estatuto prescreve, tivemos que nos afastar 120 dias antes dos Jogos Olímpicos – iniciou.

– Quando nós tivemos a eleição em 2020, as conversas que a gente tinha, eu e ele, apontavam para isso (La Porta como sucessor). Ele até comentava, brincando: “vamos conviver quatro anos com o meu sucessor”. Depois, naturalmente, ele começou a parar, não tocou mais no assunto, nunca mais falamos sobre esse assunto. Comecei a perceber que ele estava com a intenção de seguir para mais um mandato – disse.

– Uma vez eu cheguei a conversar com ele e deixei claro que não gostaria (que ele concorresse novamente). Na minha opinião, ele teria muitos problemas, seria muito questionado em relação a essa questão do terceiro mandato, e ele não teria o apoio da Comissão de Atletas. Não tendo apoio da Comissão de Atletas seria difícil vencer a eleição, são muitos votos na Assembleia – completou La Porta.

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Marco La Porta e Paulo Wanderley
Marco La Porta, à esquerda, e Paulo Wanderley, à direita (Foto: Divulgação / COB)

As principais ideias de Marco La Porta

Durante a conversa com o Lance!, Marco La Porta e Yane Marques contaram as suas principais ideias para a possível gestão à frente do COB. Abaixo, veja um resumo (assista à entrevista completa no início da matéria para mais detalhes).

  1. O presidente do COB não será mais o presidente do Conselho de Administração
  2. O Conselho de Administração terá maior participação nas decisões do COB
  3. A Comissão de Atletas terá maior participação nas decisões do COB
  4. O estatuto do COB será revisado
  5. Uma reestruturação não-radical da diretoria de esportes será promovida
  6. Os critérios para repasse de recursos às confederações serão variáveis ano a ano, mas definidos no início do ciclo
  7. Um certificação do COB para estruturas de treinamento será criado
  8. A vinda de técnicos estrangeiros para modalidades menos consolidadas no Brasil continuará sendo incentivada
  9. Parcerias com prefeituras e estados para que abracem determinadas modalidades serão acordadas

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Quem é Yane Marques, vice-presidente de La Porta?

Marco La Porta convidou a medalhista olímpica Yane Marques, de 40 anos, para ser a sua vice-presidente. Como atleta do pentatlo moderno, ela foi bronze nas Olimpíadas de Londres 2012, conquistou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos e duas em mundiais.

Yane Marques
Yane Marques ganhou medalha surpreendente em Londres 2012 (Foto: Ricardo Buhrer / COB)

Após a aposentadoria, Yane continuou trabalhando com o esporte. Primeiro, assumiu a Secretaria Executiva de Esportes de Recife. Hoje, é secretária executiva de esportes educacionais da cidade. Formada em Educação Física, tem curso avançado e pós-graduação em gestão esportiva. A ex-atleta também faz parte da Comissão de Atletas desde 2012, da qual foi presidente durante o último ciclo olímpico, antes de deixar o cargo para lançar a candidatura.

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