‘Quero ganhar Mundiais e Olimpíadas’, diz Calderano
Atual número 7 do mundo e grande esperança do esporte brasileiro se vê entre candidatos ao título em qualquer competição e espera, já no Mundial da Hungria, conquistar o pódio<br>
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Melhor mesa-tenista brasileiro na história e atual 7º do ranking, Hugo Calderano inicia, nesta terça-feira, a sua campanha no Mundial da Hungria e espera dar um passo a mais no seu objetivo de alcançar a primeira medalha para o nosso país.
Neste papo com o LANCE!, ele fala de seus objetivos, considera que é capaz de jogar de igual para igual com os chineses, que detêm a hegemonia do esporte, afinal até o número 1 ele já ganhou, e comenta sobre o que esperar da equipe brazuca na competição (que conta, além dele, com Thiago Monteiro, Gustavo Tsuboi, Eric Jouti e Vitor Ishiy e o feminino marca presença com Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Lin Gui. Veja abaixo a entrevista:
Você é o grande nome do tênis de mesa brasileiro e um dos principais jogadores do mundo. Como enxerga esse momento, onde passou a ser uma esperança de grandes resultados para o Brasil?
Fico muito feliz em ter ajudado a trazer o tênis de mesa a um novo patamar, entre os melhores do mundo. Espero que o esporte continue crescendo no Brasil, com a nossa equipe conseguindo, no futuro, manter os bons resultados.
Você sonha com uma medalha em Budapeste? Acha que já é possível chegar neste patamar agora?
Acho que estou num nível que posso dizer que em qualquer competição que estiver tenho condições de buscar medalhas. Será difícil, claro, pois os melhores do mundo estão participando. Mas estou aqui para encarar essa concorrência.
No Mundial há muito mais adversários orientais do que na Olimpíada, pelo limite imposto (nos Jogos Olímpicos cada país só pode inscrever dois atletas no individual). Isso é um complicador na Hungria?
Concordo. Há muitos chineses no Mundial e eles estão bem acima de todos. Isso faz a diferença.
Você já venceu quase todos os grandes jogadores do mundo, inclusive o número 1 do ranking
(Fan Zhendong). Existe algum adversário que seja mais complicado no caminho, que você tenha maior dificuldade por estilo de jogo?
É difícil ganhar qualquer um chinês, mas há dois favoritos, Fan Zhendong (NR 1 do ranking) e Ma Long (12) estão acima dos outros.
Ser um brasileiro no meio de tantos orientais e europeus ainda causa estranheza nas pessoas? Como você tem visto a reação do mundo do esporte?
Não é muito comum ter alguém fora da Europa ou da Ásia em primeiro nível. Mas já estou bem ranqueado há algum tempo e acho que as pessoa já se acostumaram e não prestam muita atenção nisso.
Na década de 1960, um brasileiro (Ubiraci da Costa, o Biriba) surpreendeu ao vencer um chinês, número 1 do mundo, no Mundial de Pequim. O Guga fez algo parecido no tênis, em Roland Garros (1997). O Hugo sonha em fazer algo semelhante?
Tenho objetivos altos, conseguir ganhar Mundiais e Olimpíadas e acho que para chegar lá vou te de ganhar dos melhores, dos chineses. Tenho esse objetivo.
Outros brasileiros vêm crescendo no cenário mundial. Quem você acha que pode surpreender também em Budapeste?
Todos os atletas do Brasil estão conseguindo bons resultados nos últimos anos. Gustavo Tsuboi vem sendo bem sólido no seu jogo e pode fazer bom Mundial. Victor, Eric e Thiago têm tudo para surpreender e fazer bons jogos.
Em uma das peças publicitárias do Mundial, você detalhava o que se passava na sua mente. Como foi a preparação para esse Mundial? Você fez algo diferenciado em termos de preparação mental, por exemplo?
O lado psicológico sempre foi um dos meus pontos mais fortes e confio nisso. Também treinei fortemente nestas últimas três semanas. Estou confiante.
Onde o Hugo quer chegar? Qual é o seu grande objetivo?
Meu grande objetivo hoje é uma medalha na Hungria, mas sou bem novo e vou participar de muitos outros mundiais, então estou bem tranquilo e relaxado e vou aproveitar ao máximo a experiência. É sempre muito bom jogar campeonatos grandes.
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