Retrospectiva 2024: nasce uma estrela, João Fonseca
Brasileiro enfileirou conquistas inéditas neste ano
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O ano de 2024 de João Fonseca, se fosse filme, poderia muito bem se chamar 'Nasce uma Estrela'. Afinal, tão veloz quanto seus golpes - especialmente a temida direita e o saque - foi a ascensão meteórica no ranking. Na primeira semana do ano, ele era apenas o 730º do mundo. Hoje, é o 145º (caçula do top-150).
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A primeira vitória em ATP's, quartas de final de ATP 500, passando pela estreia em Masters 1000, triunfo na Copa Davis, troféu de Challenger e, a cereja do bolo, o título do NextGen, em Jidá, na Arábia Saudita. Sem dúvidas, o ano que está terminando foi de muitas emoções para o pupilo do técnico Guilherme Teixera.
Com uma colocação tão baixa no ranking no início da temporada, ao brasileiro só restava disputar os torneios menores (no caso, os Challengers) para ir, aos poucos, escalando posições.
Rio Open, divisor de águas para João Fonseca
Após disputar dois Challengers em Buenos Aires (sendo semifinalista do primeiro) na primeira quinzena de janeiro, João Fonseca, na semana seguinte, caiu na estreia em Punta Del Este, em mais um Challenger.
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Em fevereiro, no Jockey Club, na Lagoa, o carioca disputou, graças a um convite da organização (pois seu ranking não lhe permitira entrar direto na chave principal), o Rio Open. Ali, cativando o público com seu talento, carisma e simplicidade, João Fonseca entrou como o 655º do planeta e saiu como o 343º. Graças à campanha absolutamente fora da curva para um tenista com esse ranking que ele tinha ao iniciar o torneio. Na estreia, contra o francês Arthur Fils (então 36º do mundo), conquistou a primeira vitória em ATP's. Na mesma campanha, chegou às quartas de final de um ATP 500 pela primeira vez na carreira, algo igualmente raro, ainda mais para um jovem, naquela semana, de apenas 17 anos. Depois do rival francês, João Fonseca também superou o chileno Christian Garin (88º) no saibro carioca, nas oitavas. Na fase seguinte, acabou superado pelo argentino Mariano Navone (113º), em três sets.
Março: primeira final de Challenger
Logo após o Rio Open, o prodígio brasileiro seguiu para Santiago, no Chile, onde acumulou duas derrotas em estreias, no mês seguinte. Primeiro, no ATP 250 local, em seguida, no Challenger da cidade. Ainda em março, chegou, pela primeira vez à final de um Challenger, perdendo para o compatriota Gustavo Heide (225º) o troféu em Assunção, no Paraguai. Naquela semana, Fonseca era o 341º do mundo.
O título na capital paraguaia não veio, mas o filho de Christiano e Roberta Fonseca pulou para a 288ª colocação. Na primeira semana de abril, parou na estreia do ATP 250 de Estoril. Entretanto, duas semanas depois, chegou novamente às quartas de final, dessa vez do ATP 250 de Bucareste, na Romênia.
Abril: em Madrid, primeira vitória em Masters 1000
A próxima parada do brasileiro, ainda em abril, foi Madri, onde o prodígio brasileiro, já como o 242º, alcançou um dos feitos mais importantes no ano. Na capital espanhola, esse carioca torcedor do Flamengo venceu a primeira partida de Masters 1000 na carreira, ao superar o americano Alex Michelsen (70º, semifinalista do NextGen, em Jidá).
Em junho, o campeão do NextGen jogou dois Challengers na grama, perdendo na estreia, como preparação para Wimbledon. No qualifying do Grand Slam britânico, novo revés na primeira rodada.
Julho: primeiro título em Challenger
Na última semana de julho, João Fonseca saboreou o primeiro título (em sua segunda final) de Challenger. Foi em Lexington, os EUA, com triunfo sobre o australiano Li Tu (222º) na decisão.
Agosto: derrota na final do quali do US Open
Na última semana de agosto, quando completou 18 anos, o prodígio brasileiro por muito pouco não furou o primeiro quali de Grand Slam na carreira. Acabou, já 162º do mundo, superado na terceira e última rodada do classificatório do US Open, numa batalha de três sets.
Setembro: primeira vitória na Copa Davis
Em setembro, em Bologna, na Itália, o pupilo do técnico Guilherme Teixeira, já 158º do planeta) saboreou a primeira vitória na Copa Davis. A vítima foi o holandês Botic van de Zandschulp (68º).
De lá até o NextGen Finals, em Jidá, na Arábia Saudita, o tenista carioca, que treina no Itanhangá Golf Club, jogou mais quatro Challengers na Europa. Seu melhor resultado foi em Lyon, na França, em novembro. Como o 149º do mundo, atingiu as semifinais.
Dezembro: no NextGen, a consagração em Jidá
Classificado em oitavo e último lugar para o NextGen, João Fonseca não tomou conhecimento dos favoritos. Nem mesmo do francês Arthur Fils, a mesma vítima da estreia no Rio Open. na Arábia Saudita, já como o 20º do mundo (na vitória contra o rival de melhor ranking na carreira de Fonseca). A campanha irretocável no torneio que reúne os oito melhores sub-20 do mundo foi corada com uma vitória sobre o americano Learner Tien (122º) . 'Nascia', ali, uma estrela do tênis mundial.
A caminhada de João Fonseca rumo ao título
João Fonseca 3 x 2 Arthur Fils (FRA, 20º) - 3/4, 4/2, 4/1, 1/4, 4/1 - Estreia
João Fonseca 3 x 1 Learner Tien (EUA, 122º) - 4/0, 4/0, 1/4 e 4/2 - 2ª rodada
João Fonseca 3 x 2 Jakub Mensik (TCH, 48º) 3/4, 4/3, 4/3, 3/4 e 4/3 - 3ª rodada
João Fonseca 3 x 0 Luca Van Assche (FRA, 128ª) - 4/2, 4/2 e 4/1 - Semifinal
João Fonseca 3 x 1 Learner Tien (EUA, 122º) - 2/4, 4/3 (10/8), 4/0 e 4/2 - Final
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