Retrospectiva LANCE!: skate e surfe encantam público e empurram Brasil à campanha histórica em Tóquio
Skatistas e surfistas fazem bonito e terminam ano com medalhas de ouro em mundiais e nos Jogos Olímpicos, além de prêmios individuais, o suficiente para o país ter novos xodós
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Falar de esportes no Brasil em 2021 é falar da descoberta de novos amores. Impulsionados pelos resultados nos Jogos Olímpicos de Tóquio, os estreantes skate e surfe ganharam uma legião de fãs do Oiapoque ao Chuí. Agora, o país do futebol é também dessas modalidades.
Ao todo, o Brasil ganhou 21 medalhas na Olimpíada do Japão. Em termos absolutos, é o melhor desempenho do país na história. Juntos, skate e surfe trouxeram quatro pódios para o país, com um ouro e três pratas. A medalha dourada veio com Italo Ferreira (surfe), enquanto as prateadas ficaram com Kelvin Hoefler, Pedro Barros e Rayssa Leal, a Fadinha, todos no skate.
A entrada das modalidades atendia a um desejo do Comitê Olímpico Internacional (COI) de "rejuvenescer" a audiência do megaevento. Com manobras modernas e milhões de jovens apaixonados pelo mundo, elas passaram pelo processo de "transformação" em olímpicos, submetidas a regras, procedimentos de controle de dopagem e uma cultura distante daquela que marcou suas práticas ao longo da história. E o resultado foi um sucesso!
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Além das Olimpíadas, o desempenho dos brasileiros em outras competições também ajudou para gerar e/ou manter esse amor. No Mundial de Surfe, Gabriel Medina sagrou-se tricampeão, reforçando o grande momento do Brasil na modalidade, enquanto Italo terminou com o vice, mais uma vez comprovando a força da nação no cenário internacional.
O título de Medina é o quinto do Brasil no Circuito Mundial de Surfe (WCT). Além dos três de Gabriel (2014,2018 e 2021), Adriano de Souza, o Mineirinho, e o próprio Italo Ferreira foram campeões, em 2015 e 2019, respectivamente
No Mundial de Skate Street, Pâmela Rosa se sagrou bicampeã, enquanto Rayssa ficou com mais a prata, após uma disputa emocionante, que evidenciou a grande fase do Brasil. Pâmela competiu as Olimpíadas lesionada e não conseguiu um lugar no pódio. Em condições normais, teria brigado pelo topo. Já no STU Open, dois ouros: Fadinha e Lucas Rabelo, com prata para Pâmela.
Prêmios individuais
Rayssa Leal, aliás, terminou o ano com prêmios individuais importantes: "skatista do ano feminino" e "destaque Tóquio 2020" no prêmio Cemporcento Skate. Ela também ficou com o prêmio de skatista do ano (homens e mulheres) no "Prêmio Brasil Olímpico", organizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, o COB.
Números que não mentem
A procura por escolinhas desses esportes e/ou aparelhos dessas modalidades, como skate e prancha, cresceu muito. De acordo com dados do "Getninjas", as buscas por aulas de skate cresceram 165% em julho, em relação ao mesmo mês de 2020. Já as vendas online de pranchas cresceram 41%, segundo a OLX, nos dias 26 e 27 de julho.
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