Sainz lidera TL2 interminável na Cidade do México. Russell bate e Verstappen abandona
Segundo treino foi 30 minutos mais longos que o costume, contou com a Ferrari na dianteira graças à volta rápida do espanhol
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Foram longos, às vezes aparentemente intermináveis, 90 minutos de segundo treino livre do GP da Cidade do México nesta sexta-feira (25). Os testes com pneus macios da Pirelli para 2025 se misturaram com o programa original das equipes para a atividade e, no fim das contas, pouca emoção apareceu na pista. Mesmo as voltas rápidas mudaram poucas vezes. Neste cenário, Carlos Sainz controlou a situação e liderou durante quase todo o período para terminar na frente.
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Sainz virou 1min17s699 e tomou a ponta nos primeiros minutos. Após terminar o treino livre inicial na segunda colocação, agora pôs a Ferrari na dianteira para reforçar a tendência de crescimento do time vermelho.
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Oscar Piastri foi o segundo colocação, 0s178 atrás de Sainz e 0s001 mais rápido que Yuki Tsunoda, mais uma vez entre os primeiros colocados. Charles Leclerc foi o quarto após ficar fora do TL1 e demorar cerca de 40 minutos para entrar na pista no TL2. Motivo foi ter cedido o carro para Oliver Bearman no TL1, e o inglês se envolveu em acidente com Alexander Albon.
Lando Norris, Kevin Magnussen, Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Sergio Pérez e Liam Lawson fecharam o top-10. Albon, que teve de trocar motor e câmbio após o acidente de mais cedo, não foi à pista.
O que mais deu para tirar do TL2 foram os problemas graves. George Russell, líder do treino inicial, perdeu controle do carro entre as curvas oito e nove ainda no começo da atividade e chocou a Mercedes com bastante força contra o muro. O piloto saiu com aparentes dores no corpo e foi encaminhado ao centro médico. Apesar de ser liberado sem maiores problemas, a avaliação foi que sofreu um impacto de 30G. A bandeira vermelha causada por Russell perdurou por 25 minutos.
Além disso, Max Verstappen continuou com graves problemas no carro. Sentiu diferentes questões no motor e ainda relatou que os freios pararam de funcionar. Abandonou a atividade com mais de 40 minutos ainda no relógio.
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Confira como foi o TL2 do GP da Cidade do México:
Após as informações coletadas mais cedo, era hora do segundo treino livre do GP do México da Fórmula 1 2024. Um treino especial, uma vez que teria 90 minutos de duração em vez dos tradicionais 60 minutos, por conta dos testes da Pirelli com os pneus macios para 2025.
Seriam usados dois tipos de compostos macios: um da temporada atual e um protótipo em simulações de atividades que fazem parte de um fim de semana de corrida, ou seja, em ritmo de classificação e em stints longos. Ao todo, os pilotos tinham de dar cinco voltas rápidas com cada jogo com 20 kg de combustível e 12 voltas em long runs, com 100 kg de combustível no carro e também usando os dois tipos de compostos, totalizando 34 giros.
Nenhuma mudança de configuração podia ser feita durante o teste de pneus, nem treinos de largadas. Contudo, os pilotos que ficaram fora do TL1 (Charles Leclerc, Lewis Hamilton, Guanyu Zhou, Fernando Alonso e Lando Norris) puderam fazer alterações extras para a corrida sem ser com os pneus de testes ao fim da sessão, além do treinamento de largada.
A temperatura ambiente era ligeiramente maior que a do TL1, 23°C, mas o asfalto caíra um tantinho: de 43° para 41°C. De maneira geral, o tempo seria bastante semelhante.
Com bandeira verde, Norris se lançou a pista para recuperar a quilometragem perdida durante o primeiro treino. Enquanto isso, a Williams confirmava que o carro de Alexander Albon, acidentado após enrosco com Oliver Bearman – no carro de Leclerc – na sessão inicial, não estava pronto para ir à pista. Tampouco o de Charles, que seguia sendo reparado pela Ferrari.
A atividade já iniciou com os pilotos acelerando bastante de pneus macios, esquentando os testes da Pirelli. Mas Carlos Sainz, com os pneus médios, conseguiu cravar 1min17s809 e bater a volta que Oscar Piastri dera com os macios.
Outro a sofrer com problemas no TL1 tinha sido Max Verstappen, que recolheu nos minutos finais após avisar sobre questões com o motor. A Red Bull, posteriormente, afirmou que o motor tinha, de fato, um problema, mas não grave — embora o assoalho estivesse danificado. Tratava-se de um vazamento de ar. Logo nos minutos iniciais do TL2, o tricampeão seguia incomodado. Avisou, primeiro, que seguia sentindo alguma coisa estranha. Em seguida, complementou, dizendo que o barulho “não era normal”.
Mas não houve sequência. Com 14 minutos de atividade, George Russell, líder do TL1, escapou sozinho após tocar a zebra da curva oito e rodou no contorno da curva nove. Foi parar na barreira de proteção com um forte pancada na lateral direita do bólido. Russell saiu um tanto quanto titubeante e foi para o carro de segurança com aparente dor na altura das costelas. Era a terceira bandeira vermelha da sexta-feira. Seria uma longa interrupção, uma vez que a barreira também ficou tremendamente danificada.
A retomada da atividade veio depois de 25 minutos de reparações. Durante o período, a Williams confirmou mudança de motor e caixa de câmbio de Albon — Stroll era outro que teria outro câmbio, mas a mudança fora informada durante o TL1. Enquanto isso, a pista lotava e mostrava pontos de tráfego enquanto o relógio apontava 50 minutos para o fim. Leclerc já aparecia na pista, inclusive, enquanto Albon seguia nos boxes.
Pelos lados da Red Bull, nem a longa parada fez os problemas de Verstappen serem resolvidos. O líder do campeonato seguia com um carro de barulhos estranhos sobretudo nas curvas de baixa velocidade. Mais que isso, dizia que os freios não funcionavam.
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Após um período frenético de carros na pista, com 40 minutos do relógio apenas quatro pilotos insistiam: Leclerc, Norris, Alonso e Magnussen. Por via de regra, era hora do uso dos pneus protótipos da Pirelli. A Mercedes aproveitava para informar que o impacto de Russell fora de 30G. Bastante forte, portanto. A novidade da Red Bull sobre a situação de Verstappen era desastrosa: Max estava fora do treino e não andaria mais na sexta-feira.
Mais gente tinha problema. No rádio da Alpine, Esteban Ocon avisou que sentiu um cheiro de pastilha de freio queimada, mas achava que não era do próprio carro. Instantes depois, mistério resolvido: Zhou informava a Sauber que o freio estava superaquecendo no último setor. Zhou logo disse também que o motor estava falhando e questionou a equipe. “Não estão vendo isso?”, apontou.
De qualquer maneira, entre Pierre Gasly ter sentido cheio de “alguma coisa cozinhando” no TL1 e Ocon percebido uma pastilha de freio alheia aquecendo, dá para dizer que a Alpine tem ao menos o faro do sucesso.
Na marca de 30 minutos para o fim da sessão, Sainz continuava líder com 1min17s699 e era seguido por Piastri, Yuki Tsunoda, Leclerc, Magnussen, Hamilton, Valtteri Bottas, Sergio Pérez, Norris e Liam Lawson.
Havia espaço até para pega por posição, por que não? Alonso e Norris lutaram por espaço na parte intermediária da pista. O vice-líder do campeonato, inclusive, aparecia com parafina na altura do difusor da McLaren para algum teste aerodinâmico.
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Sem muitas voltas rápidas, a sensação era que o treino estava interminável. Com 20 minutos ainda pela frente, os testes com pneus de 2025 começavam a desaparecer. Restava saber se alguém ainda tentaria virar tempo nos minutos derradeiros.
Nada mais aconteceria para ser digno de nota. Norris ainda pulou do nono para o quinto lugar, mas seria só isso. Liderança realmente com Sainz e a Ferrari.
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