Thales é líder de estatísticas de recepção da liga polonesa
Líbero da Seleção Brasileira na última Olimpíada possui 56,43% de aproveitamento na categoria


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Paz de corpo, paz de espírito e afeto. Essa combinação tem dado muito certo para o líbero Thales. Em sua segunda temporada consecutiva na Polônia, defendendo o Bogdanka LUK Lublin, o gaúcho de São Leopoldo colhe, aos 35 anos, os frutos de escolhas que considera acertadas na carreira. Além disso, chama a atenção pelo desempenho de destaque na PlusLiga, uma das principais competições do mundo.
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Ao fim da fase classificatória, Thales lidera as estatísticas de recepção da liga, com 56,43% de aproveitamento, além de exercer um papel fundamental na equipe. O Lublin, que conta com outros nomes de peso no cenário internacional, como o ponteiro cubano naturalizado polonês León, avançou aos playoffs na quarta colocação e enfrentará o quinto colocado, o Zaksa Kedzierzyn-Kozle, do oposto Kurek, na série melhor de três das quartas de final.
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O primeiro compromisso de Thales nos playoffs será neste sábado (29/3), às 13h30 (horário de Brasília), em casa. A segunda partida está marcada para terça-feira (1º/4), fora. Caso necessário, a partida decisiva acontecerá no domingo (6/4), novamente em Lublin.
— Estou muito feliz aqui. Sinto que tenho conseguido ajudar bastante o time. Já havia feito uma temporada muito positiva no ano passado. Acho que consegui me adaptar bem e manter a regularidade. Jogamos com dois ponteiros de força, o León e o Sawicki. Nosso grupo é forte, mas focado principalmente no ataque e no saque. Então, eu acabo sendo o 'chefe da recepção', junto com a comissão técnica. Tenho me sentido confortável nesse papel — contou Thales em entrevista ao Team GM, responsável pela gestão de sua carreira.

Segurança e acolhimento na Polônia
Ao falar sobre os desafios da fase decisiva, Thales transmite a tranquilidade de quem conta com uma base sólida: sua esposa Gabriela e os filhos Eduarda, de 13 anos, e Gustavo, de seis. O suporte familiar e a estrutura de alto nível, tanto no lado profissional quanto pessoal, ajudam a explicar seu desempenho em quadra. Além disso, a experiência do brasileiro quebrou um estereótipo comum sobre o país.
— Quando estava na França, tive receio de vir para a Polônia. Perguntei bastante ao presidente do clube sobre as escolas para meus filhos. O Cristiano Torelli (hoje no Vôlei Renata), que jogou aqui antes, também me deu dicas. Mas, quando cheguei, vi que a cidade era muito boa e que as pessoas são acolhedoras. O clube fez de tudo para me ajudar. Temos amigos e, o mais importante, segurança. Se estou com minha esposa e filhos no carro, esperando em um estacionamento, podemos ouvir música ou mexer no celular sem preocupação. Minha esposa pode passear sozinha com o cachorro à noite, e eu não preciso olhar pela janela, porque sei que está tudo tranquilo — destacou o atleta.
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Confiança após título internacional
O Lublin chega embalado aos playoffs, ainda mais depois da recente conquista da Challenge Cup, no último dia 19. Foi a primeira participação do clube no torneio, com um desfecho digno de cinema.
— A Challenge Cup é muito importante para o nosso clube, que tem um projeto recente. A cada ano, estamos evoluindo e conseguindo mais patrocinadores. Enfrentamos na final o Lube Civitanova, que havia sido campeão da Copa Itália. No segundo jogo da série, mostramos muita estabilidade mental, suportamos a pressão e salvamos vários match points para evitar o golden set. Então, estamos bem preparados para os playoffs — afirmou Thales, que em abril terá outro desafio importante: a semifinal da Copa da Polônia.
Thales valoriza o respeito que recebe na Polônia
Dono de duas medalhas em Mundiais (prata em 2018 e bronze em 2022), campeão da Liga das Nações de 2021 e da Copa do Mundo de 2019, além de inúmeros títulos pela Seleção Brasileira e clubes, Thales valoriza o respeito que recebe na Polônia.
— A experiência tem me ajudado. Com a idade, é natural sentir mais o cansaço pós-jogo e algumas dores aumentarem. Mas, por outro lado, a maturidade me deu mais regularidade, tanto na Seleção quanto nos clubes. Estou mais confiante e percebo que as pessoas e os adversários me respeitam muito aqui na Polônia. Vou para os jogos muito focado e consigo executar bem as estratégias traçadas — celebrou o atleta.
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