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Tsunoda não pontua no GP do Japão, e Red Bull segue sem solução para problema

Enquanto Verstappen vence, outro companheiro de equipe não consegue bom desempenho

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imagem cameraYuki Tsunoda terminou o Grande Prêmio do Japão na 12ª colocação (Foto: Toshifumi KITAMURA / AFP)
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João Pedro Rodrigues
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porPedro Werneck
Dia 07/04/2025
06:15
Atualizado há 8 horas

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Yuki Tsunoda, da Red Bull, finalizou o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, realizado na madrugada desse domingo (6), fora da zona de pontuação, apenas na 12ª colocação. Promovido da Racing Bulls para a equipe de Max Verstappen, o japonês largou atrás da dupla da sua antiga escuderia e terminou a corrida atrás do ex-companheiro Isack Hadjar. Estreante na Red Bull, Tsunoda afirmou que sentiu instabilidade no novo simulador, crítica que não é novidade.

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Nas últimas 10 corridas, contando a última temporada e a atual, Sergio Pérez, Liam Lawson e Yuki Tsunoda somaram apenas oito pontos pela Red Bull, contra 164 de Max Verstappen. A equipe secundária, por sua vez, somou 20 pontos. Assim, surge no paddock o questionamento: a Racing Bulls tem um carro melhor que os austríacos?

O passado do assento e os motivos para a "maldição"

Alexander Albon

No podcast "High Performance", publicado em dezembro de 2023, Alexander Albon listou os motivos para sua passagem pela Red Bull não ter sido bem sucedida. Segundo o tailandês, o carro da equipe austríaca é projetado no estilo de pilotagem "único" de Max Verstappen, que gosta de uma dirigibilidade mais sensível, como se fosse um carro de kart, com a dianteira mais fácil de apontar na curva e, consequentemente, a traseira mais instável.

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Além disso, Albon afirmou que começou a temporada de 2020 um pouco atrás de Verstappen. Porém, ao longo da edição, o carro ficou cada vez mais no estilo do neerlandês, e ele teve que se arriscar mais para tentar acompanhar o ritmo. Dessa forma, cometia erros e perdia a confiança. Com isso, começava a andar com menos velocidade e apresentava resultados ruins.

Alexander Albon (Red Bull) - Testes F1 2020
Alexander Albon em ação pela Red Bull (Foto: AFP)

Sergio Pérez

Sucessor de Albon na equipe, Sergio Pérez viveu altos e baixos em suas primeiras temporadas na Red Bull. Em 2021, venceu corrida, teve alguns pódios e ajudou Max Verstappen a se tornar campeão mundial. No ano seguinte, seguiu sólido e quase foi vice-campeão, após reta final forte, na qual venceu em Singapura e ficou entre os três primeiros no Japão, México e Abu Dhabi.

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Piloto experiente, com mais de uma década na categoria, o mexicano até conseguia domar o carro da Red Bull melhor que os antecessores. Mesmo com alguns erros, apresentava melhores resultados, mas em 2023 e 2024 a situação de Checo piorou. Apesar de ter iniciado bem a temporada, na qual ensaiou uma possível briga pelo título, "desmoronou" após o Grande Prêmio de Miami.

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Sergio Pérez no Grande Prêmio de Miami de 2023 (Foto: Jared C. Tilton/AFP)

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Na ocasião, Pérez largou na pole position, e Verstappen, apenas em nono. Caso terminasse à frente do neerlandês, se tornaria líder do Mundial, mas "Super Max" apareceu. O campeão do mundo escalou o pelotão e ultrapassou o mexicano nas voltas finais para vencer a prova. Após a corrida, Checo sucumbiu mentalmente, teve apenas mais cinco pódios e quase perdeu o vice-campeonato para Lewis Hamilton.

Em 2024, com a Red Bull superada no desenvolvimento por McLaren, Ferrari e até Mercedes, muitos apontavam que a disparidade de resultados entre Max Verstappen e Sergio Pérez era mais culpa do mexicano, que terminou o campeonato apenas em oitavo, com 152 pontos.

Pérez pode ter sofrido os mesmos problemas de Albon, que perdeu a confiança para arriscar e, quando corria riscos, errava. No entanto, o início de 2025 aponta que o carro da Red Bull pode ser, sim, a origem dos problemas.

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Sergio Pérez foi piloto da Red Bull por quatro temporadas (Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP)

Liam Lawson e Yuki Tsunoda

Lawson foi anunciado pela Red Bull no dia 19 de dezembro de 2024 para o lugar de Sergio Pérez. Após bom desempenho na AlphaTauri/RB em 2023 e 2024, substituindo Daniel Ricciardo em ambas as ocasiões, o neozelandês foi escolhido para a equipe principal dos austríacos.

Porém, na Red Bull, Liam teve duas corridas ruins. Em sua estreia, na Austrália, Lawson errou nas voltas rápidas e largou apenas da 18ª colocação. Na corrida, em pista molhada, o piloto bateu na volta 46 e abandonou a prova.

Na segunda etapa, na China, a situação do neozelandês piorou. No fim de semana com formato sprint, Lawson não passou no SQ1. Na corrida curta, terminou apenas na 14ª colocação. Já na classificação principal, ficou na última colocação e, no Grande Prêmio, em 12º, após as desclassificações de Charles Leclerc, Lewis Hamilton e Pierre Gasly.

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Liam Lawson fez duas corridas pela Red Bull antes de ser rebaixado para a Racing Bulls (Foto: GREG BAKER / AFP)

Com os resultados negativos, a Red Bull decidiu rebaixar Lawson para a Racing Bulls e promover Yuki Tsunoda para a equipe principal. Mas, logo de cara, o japonês também não conseguiu acompanhar Max Verstappen. Em seu Grande Prêmio de casa, em Suzuka, Yuki se classificou apenas em 15º, atrás dos dois carros da Racing Bulls. Na corrida, foi 12º, fora dos pontos e atrás do estreante Isack Hadjar.

O começo difícil de mais um companheiro de Verstappen, distante do ritmo do tetracampeão mundial e sem desempenhar da mesma forma que na Racing Bulls, fez o debate acerca do carro ganhar força.

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Yuki Tsunoda terminou o Grande Prêmio do Japão na 12ª colocação (Foto: Toshifumi KITAMURA / AFP)

Racing Bulls melhor que a Red Bull?

Segundo a revista alemã "Auto Motor Sport", há indícios no paddock da Fórmula 1 de que a Racing Bulls tem um carro melhor do que o da Red Bull, principalmente na estabilidade nas curvas, como reforça a declaração de Tsunoda.

— Senti instabilidade no simulador — afirmou o japonês durante o fim de semana do Grande Prêmio do Japão após usar as instalações da Red Bull para começar o processo de adaptação na nova equipe.

Max Verstappen criticou publicamente o carro da Red Bull e saiu em defesa de Liam Lawson, ao discordar da troca. O neerlandês ressaltou que a equipe principal tem nas mãos um carro problemático.

— Ele é um pouco mais nervoso, um pouco mais instável em fases diferentes das curvas. É uma combinação de muitas coisas. Depende também da velocidade de curva, do asfalto, dos pneus, do superaquecimento, das ondulações, das zebras. Algumas pistas são mais limitadoras do que outras. Alguns problemas são mais fáceis de resolver do que outros. Todo mundo está tentando ao máximo tornar o carro mais rápido — garantiu Verstappen ao "De Telegraaf".

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Max Verstappen venceu o Grande Prêmio do Japão (Foto: Philip FONG / AFP)

Ou seja, até mesmo o piloto que tem carro construído ao seu redor não está gostando dos rumos que o projeto está seguindo. Porém, o talento especial de Verstappen possibilitou que finalizasse em segundo na Austrália e vencesse no Japão de forma impressionante, sem deixar a dupla da McLaren se aproximar para ultrapassagem.

Nas redes sociais, diversos fãs de automobilismo brincam que Verstappen deveria testar o projeto da Racing Bulls para tirar a prova real de qual carro é melhor. Com o debate cada vez mais quente, a brincadeira poderia se transformar em um teste válido, permitindo que a Red Bull ache um norte e deixe o RB21 confortável para os seus dois pilotos.

No final das contas, qual é a solução?

Com a impossibilidade de clonar Max Verstappen, a Red Bull tem uma decisão para tomar: manter Yuki Tsunoda até o final da temporada, com paciência para ganhar confiança e adquirir "macetes" com o carro, ou reformular o projeto, o que pode frustrar Verstappen e causar o fim da parceria entre o atual campeão e a equipe austríaca.

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Comemoração da Red Bull no Grande Prêmio do Japão (Foto: Toshifumi KITAMURA / AFP)

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