Vela: Jorge Zarif é flagrado em doping e pede suspensão temporária
Com boas chances de ir para Tóquio, velejador deu positivo para a substância tamoxifeno. Em nota de sua assessoria, ressalta que utilizou a substância em tratamento para dores<br>
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Mais um caso de doping pelos brasileiros. Nesta quinta-feira, o velejador Jorge Zarif foi flagrado em exame antidoping ao dar positivo para a substância tamoxifeno e, rapidamente, pediu uma suspensão temporária para Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O teste foi realizado em um evento preparatório para a Olimpíada de Tóquio na raia de Enoshima, no Japão, onde serão realizada a competições olímpicas deste ano.
Em comunicado via sua assessoria de imprensa, "o atleta esclarece que em junho de 2019 submeteu-se a um tratamento indicado por seu mastologista, contendo a substância Tamoxifeno, para combater sintomas de ginecomastia bilateral que lhe causavam dores e debilitavam seus movimentos".
De acordo com Zarif, ele estava com o movimento do braço limitado na competição. Sob recomendação do mastologista que o acompanha, ele começou a tomar o remédio, cujo ciclo de tratamento durava 20 dias, em junho de 2019, pois caso tivesse que operar, teria que ficar afastado por 45 dias, período de preparação.
Em seguida, ressalta que "está de posse de todos os documentos e históricos médicos que comprovam o quadro de ginecomastia bilateral, incluindo fotos, exames e recomendações de cirurgia por mais de um profissional da área médica."
Zarif, que compete na classe Finn, é um dos principais nomes da vela brasileira atualmente e já foi campeão mundial, em 2013. Disputou duas edições dos Jogos Olímpicos, Londres-2012 e Rio de Janeiro-2016 (nesta ficou na quarta posição), e já estava com a vaga quase garantida para sua terceira participação.
DEPOIMENTO NA ÍNTEGRA:
Gostaria de esclarecer o ocorrido no Japão, e ressaltar que jamais fiz uso de uma substância proibida para obter qualquer vantagem indevida. Fiz uso do Tamoxifeno para tratar de uma condição médica que estava me deixando com dor e com os movimentos limitados.
Segundo os médicos e especialistas, o uso do Tamoxifeno não me renderia vantagem na prática do meu esporte ou em treinos regulares, até porque apenas utilizei o medicamento por 20 dias no mês de junho, bem antes da competição realizada em agosto no Japão. Estou aberto a todos os esclarecimentos e de posse de todos os documentos para provar que não agi de má fé ao fazer o uso do medicamento.
Ressalto que optei pelo uso do tamoxifeno porque a outra opção seria a cirurgia, que me obrigaria a ficar quase dois meses afastado, sem poder mexer meus braços, perto de duas competições importantes.
Sempre estive à disposição das autoridades antidopagem. Meu histórico esportivo, desde os 15 anos de idade servindo à Equipe Brasileira de Vela, demonstra isso. Por isso, de boa-fé, decidi pedir a suspensão esportiva para aguardar a decisão do caso, que já está sendo conduzido por meus advogados.
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