Vôlei: conheça Jorge Bichara, o novo diretor técnico da CBV, e planejamento para ciclo olímpico

Anunciado novo diretor técnico da Confederação Brasileira de Vôlei, Jorge Bichara possui carreira renomada dentro dos cargos de administração desportiva em diferentes instituições. Desde diretor de Esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) até a função na CBV,  o dirigente escreveu a sua trajetória nos esportes olímpicos do país e ficará sob o comando de modalidades e categorias do voleibol.

A partir de agora, Bichara comanda as decisões que envolvem as seleções masculinas e femininas nas categorias de base e profissional, tanto na quadra quanto na praia. Abaixo, o LANCE! detalha a sua trajetória como dirigente esportivo.

+ CBV anuncia Jorge Bichara como novo diretor técnico

Jorge Bichara se notabilizou pelo seu trabalho dentro do Comitê Olímpico do Brasil. O diretor começou passagem pelo COI ainda em 2005 como gerente de planejamento, promovido para ocupar o posto de diretor com a saída de Marcus Vinícius Freire, logo após a Rio 2016. No entanto, ele foi demitido em março de 2022 pelo presidente Paulo Wanderley, que assumiu o cargo em 2020.

Sob a direção do comitê, Bichara foi um dos grandes responsáveis, internamente, pelo recorde de medalhas do Time Brasil nas Olimpíadas de Tóquio 2020 - ao todo, foram 21 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e oito bronzes.

Ele também é creditado pelo recorde de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, no qual o Brasil terminou na segunda colocação, atrás apenas dos EUA. 

Ao longos dos anos frente ao COB, o dirigente fez amizades com grandes estrelas dos esportes olímpicos do Brasil, como os medalhistas Isaquias Queiroz, da canoagem, e Rebeca Andrade, da ginástica artística. Ambos são atletas do Flamengo, clube que Bichara se tornou consultor olímpico em agosto de 2022. Na época, Isaquias lamentou muito a demissão e disse que o dirigente foi importantíssimo para as suas medalhas olímpicas, contrariando a decisão do COB.

Para não criar conflitos de interesse, Bichara não renovou com o Rubro-Negro na atual temporada. De acordo com ele, pelo Flamengo ter equipes de vôlei tanto nas categorias de base, quanto na Superliga Feminina, não foi possível seguir no clube para não expor questionamentos sobre a transparência de seu trabalho.

Além disso, o dirigente trocou de função na Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), onde está desde maio de 2022. Antes diretor, ele se torna, com a ida à CBV, assessor especial da presidência comandada por Wlamir Leandro Motta Campos. As mudanças foram acertadas com a CBV.

Após ser anunciado no importante cargo do voleibol brasileiro, Bichara disse, em entrevista ao GE, sobre o futuro do vôlei do Time Brasil no ciclo olímpico. De acordo com ele, o mais importante em seu trabalho será fazer as equipes competirem por medalhas em todas as categorias e modalidades.

O dirigente também confirmou que procura uma base para treinamentos na Europa, para facilitar a logística nas grandes competições deste ano, como a Liga das Nações e os futuros Campeonatos Mundiais, e ajudar nas viagens dos atletas de base.

A partir da próxima temporada, o novo diretor técnico das seleções de base e profissional também tomará decisões com relação aos campeonatos nacionais entre clubes. Bichara ficará sob a direção da Superliga, Superliga B, Superliga C, Copa Brasil e da Supercopa.

Os Jogos Olímpicos de Paris serão realizados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto de 2024. Na última edição, as meninas conquistaram a medalha de prata, enquanto o time masculino ficou com o quarto lugar, sem condecorações. No vôlei de praia, o Brasil ficou fora dos pódios feminino e masculino.