Infância dura e brilho na Olimpíada do Rio: Isaquias Queiroz rema pelo ouro nos Jogos Olimpícos
Canoísta do Flamengo teve desafios na vida e carreira. Isaquias foi destaque em 2016, levando duas medalhas de prata e um bronze, e quer ir além na Olimpíada de Tóquio
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Duas vezes medalha de prata na Olimpíada do Rio 2016 e bronze na mesma edição, o canoísta Isaquias Queiroz rema em direção ao ouro e não aceita nada menor que isso nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Em entrevista coletiva, o atleta destaque na canoagem do Brasil diz não querer voltar de Tóquio, no Japão, sem duas medalhas no pescoço.
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— Posso estar sendo ganancioso, mas treinei muito para isto e eu não quero sair daqui sem este objetivo. Treinamos bastante no sol, na chuva, nas adversidades do vento para chegar aqui e ter resultado. Eu quero representar o meu país no quadro de medalhas — comentou ele em entrevista no último dia 20.
DIAS DE LUTA, DIAS DE GLÓRIA
A confiança é justificada pelo seu histórico nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Quando conquistou 3 medalhas nas 3 categorias que competiu. Sendo prata tanto na canoa dupla (C-2 1000m) quanto na individual (C1 1000m) e bronze na canoa individual (C-1 200m). Se tornando o primeiro brasileiro a conquistar 3 medalhas na mesma edição dos Jogos Olímpicos.
Mesmo com infância dura, Isaquias visava um futuro de possibilidades na canoagem. Foi por isso que se mudou de Ubaitaba para o Rio de Janeiro em 2011, na busca de uma vida melhor através do esporte. E no mesmo ano da mudança ele já conseguiu ser campeão na C1 200m e vice no C1 500m no campeonato mundial júnior, na Alemanha, quando tinha apenas 17 anos.
SUPERAÇÃO ALÉM DAS ÁGUAS
Apesar das conquistas, os 27 anos da vida de Isaquias foram marcados por muitos percalços. Com nove irmãos e irmãs, teve que dividir a atenção da mãe que os criou sozinha, além de ser considerado um alvo por muitas pessoas na região que morava. Sendo inclusive sequestrado aos 6 anos de idade, mas recuperado logo depois. Ainda na infância, agora com 7 anos, sofreu queimaduras com água quente e precisou ser internado e aos 10 acabou perdendo um rim devido uma lesão que teve ao cair de uma árvore.
Mas Isaquias Queiroz demonstrou persistência e dedicação, se tornando não só medalhista olímpico, mas também acumulador de vitórias ao longo de 10 anos de competição no esporte. Exemplo disso foi que só em 2013 obteve 4 ouros no Campeonato Sul-Americano e outros 2 ouros no Festival Olímpico Australiano da Juventude. Seu título mais recente depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro é o de campeão nos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019.
A esperança do público este ano era ver Erlon Souza ao lado do canoísta mais uma vez, com expectativas de repetir o feito dos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Mas Erlon precisou se recuperar de uma lesão e deu lugar a Jacky Godmann, que agradeceu a oportunidade.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DA CANOAGEM
— Eu fico muito feliz em estar ajudando ele. O Isaquias é o meu ídolo. Estou feliz em compartilhar um barco com ele. Espero ajudar no sonho dele. É o meu sonho também estar aqui.
A canoagem começa a competir Jogos Olímpicos de Tóquio no dia 27 de julho, mas só a partir do primeiro dia de agosto poderemos ver Isaquias Queiroz e Jacky Godmann remando. As classificatórias serão transmitidas às 22h32 (de Brasília).
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