Academia renomada, inspiração em campeão e conquistas internacionais: A trajetória de Hebert Conceição
Boxeador conquistou a medalha de ouro na categoria até 75kg nas Olimpíadas de Tóquio
O brasileiro Hebert Conceição chegou à final do boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio sem favoritismo contra Oleksandr Khyzniak, da Ucrânia. Contudo, o boxeador surpreendeu e venceu o adversário por nocaute após ter perdido os dois primeiros rounds por decisão da arbitragem. O baiano de 23 anos conheceu a primeira academia de boxe aos 15 e desde então passou a escrever o nome na história do esporte.
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Início no esporte
Há oito anos, o boxeador, que já gostava do esporte procurou uma academia também por outro motivo: a perda de peso. Foi na época, então, que conheceu a Champion, academia de referência em Salvador, que tem como professor Luiz Dórea, que treinou nada mais nada menos que Arcelino Freitas, o Popó, e Robson Conceição. O medalhista de ouro da Rio 2016 é, inclusive, o maior ídolo no esporte para Hebert.
- Sempre fui da zoeira, aprontava para caramba, mas nunca fui um cara brigão. As mães dos meus colegas não deixavam eles andarem comigo porque achavam que eu era má influencia. Mas sempre gostei de esporte. Como gostava de tudo, comecei a fazer boxe e descobri esse talento. Desde novo me dediquei exclusivamente ao boxe. Na Academia Champion tive muitas referências - disse o boxeador em entrevista ao L! há algumas semanas.
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- O Robson Conceição, apesar de na época não ser campeão olímpico, já era um atleta que tinha bastante resultados internacionais. Pedro lima, Campeão do Pan em 2007, também foi grande referência. Desde novinho pude estar treinando ao lado de grandes atletas, que me deram grande inspiração para poder chegar no mesmo patamar de carreira - completou o atleta da categoria até 75kg.
Primeiras conquistas
Após os Jogos do Rio, há cinco anos, Hebert conseguiu vaga na seleção brasileira de boxe e dali para frente, o atleta começou a somar importantes conquistas na carreira. O atleta é tricampeão brasileiro no torneio Elite, o mais importante do país. Depois dos títulos pelo país, Hebert apareceu para o mundo sendo medalha de bronze nos Jogos Sul-americanos de Cochabamba, em 2018, prata no Pan-Americano de 2019, e bronze no mundial, também em 2019.
Torcedor do Esporte Clube Bahia, Hebert estreou nos Jogos Olímpicos de Tóquio nas oitavas de final, onde bateu o chinês Erbieke Tuoheta por decisão da arbitragem por 3 a 2. Nas quartas, o mesmo ocorreu contra o atleta do Cazaquistão Abilkhan Amankul. Já nas semis, o brasileiro passou por Gleb Bakshi, da Rússia, por 4 a 1, e avançou para vencer o ucraniano na final e se tornar mais um medalhista olímpico do boxe brasileiro, se juntando a Esquiva Falcão, Yamaguchi Falcão, Robson Conceição, Adriana Araújo e Servílio de Oliveira.
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- Dedicar a medalha pra todos os brasileiros! A pandemia atingiu e devastou muitas famílias. Muitos perderam emprego, entes queridos. Espero ter proporcionado um pouco de felicidade e um breve sorriso. Que esse momento passe logo! Bora Bahea, minha p***. Quero recepção para mim no aeroporto, mas sem aglomeração - disse Hebert, à 'TV Globo', após a cerimônia da entrega da medalha.