Conheça a dupla de tênis que encantou o Brasil com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Luisa Stefani e Laura Pigossi fizeram história para o tênis brasileiro neste sábado
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Há menos de um mês, Laura Pigossi e Luisa Stefani nem imaginavam disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio. Neste sábado, elas tiveram motivos para celebrar ao conquistar o bronze inédito no tênis. A dupla venceu, por 2 sets a 1, as russas Veronika Kudermetova e Elena Vesnina neste sábado (31). Esta é a melhor participação da modalidade do Brasil em Olimpíadas, superando a marca conquistada pelo ex-tenista Fernando Meligeni nos Jogos de Atlanta, em 1996.
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A dupla estava na lista de espera da chave feminina e conseguiu competir graças a uma realocação feita pela federação internacional da modalidade, a ITF. E menos de uma semana antes de embarcarem, descobriram que iriam disputar em Tóquio. A feliz interferência para que elas pudessem entrar na lista de espera foi feita por Eduardo Frick, gerente da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), que as inscreveu.
- Eu soube antes e fiquei sem chão, mas a Luisa estava dormindo, eu tentando ligar e ela não acordava, e eu tinha que jogar a semifinal (do ITF de Nur-Sultan). Não sabia que ia dar chance da gente entrar, revelou Laura ao portal Olimpíada Todo Dia.
- Para mim, o momento foi incrível. Eu estava em casa, já tinha deixado para lá os Jogos Olímpicos. Queria muito vir, mas era o último dia para ter alguma desistência e a gente estava fora na lista. Foi um sentimento incrível. Uma das primeiras pessoas que eu falei foi a Laura, a gente estava gritando no telefone e o resto é história.
É BRONZE!!! 🥉🥉🥉
— Time Brasil (@timebrasil) July 31, 2021
Histórico!!!!
O Brasil conquista a primeira medalha olímpica do tênis na história!! 🎾🎾🎾
Vitória de virada sobre as russas!
Luisa Stefani e Laura Pigossi, vcs são gigantes!!!
👏👏👏👏👏👏 pic.twitter.com/SbvyfBSLju
Luisa Stefani começou no esporte com 10 anos e foi aos 23 que recebeu a notícia que participaria dos Jogos Olímpicos. Ela estava com a família na Flórida, nos Estados Unidos, onde cresceu. Ela chegou em sua primeira final de WTA masters 1.000 neste ano. Em 2019, a tenista foi bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima, ao lado de Carol Meligeni.
A tenista precisou passar por uma cirurgia de emergência por causa de uma apendicite. A recuperação impediu que ela disputasse o Roland Garros, este foi o último torneio das classificatórias para Tóquio. Por isso ela nem teve esperança de entrar na delegação brasileira.
A paulista jogou, em 2015, as semifinais de duplas do US Open juvenil, além de ter sido nomeada a caloura do ano. Conquistou ainda a segunda posição no ranking da ITA (Intercollegiate Tennis Association), pela Pepperdine University. Mas só em 2019 que passou a se dedicar ao tênis profissional integralmente. Ela também possui quinze títulos de duplas pela ITF, dois WTA Challegers 125 entre os vários prêmios relevantes.
A sua dupla, Luisa Stefani, de 26 anos, estava muito longe, no Cazaquistão, disputando um torneio, quando foi avisada que seria representante do Brasil nos Jogos de Tóquio. Ela também é nascida em São Paulo e estava morando fora do Brasil, só que Barcelona. Ela começou a jogar tênis ainda criança e é a número 188 do mundo no ranking de duplas da WTA. Além de ter integrado no top-50 do ranking mundial júnior.
Mesmo com pouco tempo jogando juntas, as brasileiras deram como certo o entrosamento, pois se conhecem desde pequenas. Antes de Tóquio, elas só tinham competindo juntas em poucas partidas em alguns torneios do circuito e da Billie Jean King Cup:
— Nos conhecemos desde os 12 anos, vira e mexe ela vai para Barcelona. Chegando aqui, tivemos que aprender um pouco o nosso papel, ver o que cada um faz de melhor e pior e trazer isso para o nosso jogo, comentou Laura.
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