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Espanha

Ouro, mais uma vez! Em jogo dramático, Brasil vence Espanha na prorrogação e é bicampeão olímpico

Seleção olímpica sai na frente com Matheus Cunha, vê espanhóis empatarem com Oyarzabal, mas Malcom assegura o triunfo por 2 a 1 neste  sábado em Yokohama

Malcom - Brasil x Espanha - Final Olimpíada de Tóquio
Malcom garante o título da Seleção Brasileira (Anne-Christine POUJOULAT / AFP

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O Brasil é campeão olímpico pela segunda vez consecutiva. Em jogo com muitas doses de emoção (e até pênalti perdido), a Seleção Brasileira abriu o placar com Matheus Cunha e viu a Espanha igualar com Oyarzabal no tempo normal. Porém, Malcom, na prorrogação, conduziu a equipe de André Jardine à medalha de ouro com a vitória por 2 a 1 sobre a Fúria neste sábado, no Estádio Yokohama International. 

DIFÍCIL DE PASSAR

Encontrar espaços exigiu paciência. A Seleção olímpica penava para trocar passes e superar a marcação da Espanha. Bruno Guimarães lançou e Matheus Cunha tentou passe para Richarlison, mas Pau Torres se antecipou. A alternativa recorrente era pela esquerda, em investidas com Guilherme Arana.

DIEGO CARLOS EM DIA DE DAVID LUIZ

Pouco a pouco, a Espanha aproveitou as brechas no meio de campo e se lançou à frente. Acionado, Oyarzabal, livre, escorou para o meio da área, obrigando Diego Carlos a desdobrar-se para evitar a conclusão de Olmo. Além da antecipação, o defensor logo depois se desdobrou para salvar em cima da linha, em lance que lembrou muito um corte de David Luiz na final da Copa das Confederações de 2013, contra a própria Fúria. Os espanhóis ainda assustaram com Asensio, que assustou em uma cobrança de falta e em uma finalização da direita.  

PRESSÃO E PÊNALTI NAS NUVENS 

Ao adiantar a marcação, a equipe de André Jardine voltou a se impor e a encontrar oportunidades. Simón chutou nos pés de Bruno Guimarães. Na sobra, Douglas Luiz obrigou o goleiro espanhol a se esticar e mandar para escanteio. Em seguida, Arana lançou e Richarlison encheu o pé, mas a bola balançou o lado de fora da rede.

A expectativa tomou conta da Seleção a partir dos 33 minutos. Em bola cruzada para a área, Unai Simón saiu com tudo e derrubou Matheus Cunha. Após revisar a jogada no VAR, o árbitro Chris Beath assinalou o pênalti. Richarlison correu para a bola, mas a esperança de abrir o placar foi pelos ares quando sua cobrança foi por cima do travessão.   

MATHEUS CUNHA PÕE BRASIL NA FRENTE

O pênalti perdido não abateu a equipe canarinha. Richarlison aproveitou cruzamento de Arana e bateu de primeira, mas a zaga espanhola salvou. No minuto seguinte, o Brasil saiu na frente.

Claudinho cruzou da esquerda e Daniel Alves se esticou o quanto pôde para salvar, deixando a bola viva no meio da área. Comprovando que estava em grande forma para a final, Matheus Cunha levou a melhor sobre três adversários e fulminou a rede.

MALDITO TRAVESSÃO!

A volta do intervalo foi promissora. Impetuosa, a equipe canarinha se lançava à frente em jogadas com Antony e Arana. Aos seis minutos, Matheus Cunha serviu Richarlison, que se desvencilhou da marcação e encheu o pé. Porém, a bola desviou em Unai Simón e caprichosamente parou no travessão. 

FÚRIA IGUALA EM YOKOHAMA

Com as entradas de Carlos Soler e Bryan Gil, a Espanha foi equilibrando as ações e logo achou um atalho para igualar o placar. Soler passou como quis pela direita e alçou. Após a bola atravessar toda a área, Oyarzabal se desvencilhou da marcação de Daniel Alves e chutou com tudo, sem dar margem para Santos.

O gol marcado embalou os espanhóis. Soler arriscou uma bola venenosa e obrigou o camisa 1 brasileiro a defender em dois tempos.

ERROS NO ATAQUE E SUFOCO NA DEFESA

Por mais que fosse à frente, a Seleção via suas jogadas se diluírem em erros de passes e na forte marcação imposta pela Espanha. A arriscada opção de André Jardine por não mudar a equipe durante os 90 minutos deixou a equipe desgastada e abriu caminho para a Fúria tentar investidas.

Além de tentativas de jogadas com Olmo e Oyarzabal, a reta final foi dramática. Um cruzamento fechado de Soler carimbou o travessão de Santos. Em seguida, Bryan García aproveitou novo cochilo da defesa brasileira e encheu o pé. O travessão fez o empate persistir em Yokohama. 

MALCOM TRAZ O OURO PARA O BRASIL

A entrada de Malcom no lugar de Matheus Cunha revigorou o ímpeto da Seleção. Após jogada de Claudinho, o camisa 17 encheu o pé e a bola passou perto da rede. Ao dar mais espaços para o Brasil atacar, vieram finalizações com Antony e Claudinho. Além disto, Guilherme Arana encheu o pé e Unai Simón se desdobrou para salvar chute cruzado.

De tanto martelar, a equipe canarinha encontrou o rumo da medalha de ouro. Em passe milimétrico da defesa, Antony lançou Malcom. Livre, o camisa 17 avançou como quis, entrou na área e tocou na saída de Unai Simón. A Espanha ainda ensaiou uma reação, em especial em lançamentos para a área, enquanto o Brasil ameaçou com Paulinho. Mas o ouro estava nas mãos dos brasileiros mais uma vez.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2x1 ESPANHA

Data-Hora: 07-08-21 - 8h30 (de Brasília)
Estádio: Yokohama Internacional, em Yokohama (JAP)
Árbitro: Chris Beath (AUS)
Assistentes: Anton Shchetinin (AUS) e George Lakrindis (AUS)
VAR: Abdulla Al-Marri (QAT)


Cartões amarelos: Guilherme Arana, Richarlison, Matheus Cunha (BRA), Eric Garcia, Bryan Gil (ESP)

Gols: Matheus Cunha, 46/1T (1-0), Oyarzabal, 15/2T (1-1), Malcom, 2/2TP (2-1)

BRASIL: Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Claudinho (Reinier, 0/2TP) e Antony (Gabriel Menino, 6/2TP); Matheus Cunha (Malcom, 0/1TP) e Richarlison (Paulinho, 8/2TP). Técnico: André Jardine

ESPANHA: Unai Simón; Óscar Gil (Vallejo/0, 1TP), Eric García, Pau Torres e Cucurella (Miranda, 0/1TP); Zubimendi (Moncayola, 6/2TP), Merino (Carlos Soler, intervalo) e Pedri; Asensio (Bryan Gil, intervalo), Oyarzabal (Rafa Mir, 13/1TP) e Olmo. Técnico: Luis de La Fuente

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