Em sintonia, Richarlison e Matheus Cunha mostram potencial para irem muito além da Seleção olímpica
Bem entrosada, dupla de André Jardine alia brio do 'Pombo' para virar a página da Copa América à dedicação incessante do camisa 9 a cada partida na Olimpíada. Tite agradece...
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A Seleção olímpica encerra a primeira fase na Olimpíada com a esperança redobrada na afinação da dupla formada por Matheus Cunha e Richarlison. Autores dos gols da vitória por 3 a 1 sobre a Arábia Saudita, nesta quarta-feira, no Saitama Stadium, os atacantes fazem da parceria um caminho para pavimentarem suas respectivas trajetórias com a amarelinha.
Richarlison precisou de pouco tempo para comprovar que virou a página da frustração na Copa América. Em território japonês, o "Pombo" não só alçou voo ao marcar três gols em uma partida pela primeira vez como também se desdobrou em campo. No 4 a 2 sobre a Alemanha, chegou a atuar mais centralizado, dialogando bem com Antony e Matheus Cunha. No decorrer da campanha, também apareceu com perigo para tentativas na esquerda.
A atuação discreta no 0 a 0 com a Costa do Marfim foi compensada com o brio mostrado diante da Arábia Saudita. Em um momento no qual assegurar a vitória se tornava essencial para a equipe de André Jardine, o "Pombo" saltou para estufar a rede após cabeçada de Bruno Guimarães. E, no fim, concluiu passe de Reinier.
Até chegar aos cinco gols nos três primeiros jogos (média de um gol a cada 48 minutos, de acordo), Richarlison precisou de dez finalizações. De acordo com o Footstats, sete foram na direção do gol.
- Graças a Deus, o pé do Pombo está iluminado, ficamos felizes por dar esse suporte - disse Matheus Cunha sobre seu parceiro de ataque.
Um bom desempenho individual de Richarlison dá mais fôlego para o camisa 10, ao fim da Olimpíada, retornar à Seleção de Tite com tudo.
Matheus Cunha, por sua vez, ainda quer um lugar ao sol da equipe principal. A maneira como lutou para desvencilhar-se dos marcadores e tentar, tentar, até celebrar o seu primeiro gol foi intensa.
Após sete finalizações na competição (entre elas, um pênalti desperdiçado), uma cabeçada soltou o grito preso na garganta e aumentou seu otimismo para a próxima fase.
- Você sempre quer ser melhor, ajustar os pontos que não aproveita - disse o camisa 9.
O jeito incansável em campo (que já rendeu um passe para o gol, segundo o Footstats) na Olimpíada ganha novo fôlego com a "dobradinha" com Richarlison. Matheus Cunha traça um panorama sobre o que espera para sua dupla nesta Seleção.
- O mais importante é jogar bem para lá na frente resolver esses problemas, ganhar confiança, termos boas movimentações, somar pontos e levar o Brasil para onde queremos - declarou.
O desafio é manter a garra e, de quebra, seguir firme no radar de Tite.
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