Palmeiras adquire novos ‘reforços’ para recuperação de jogadores
Clube acaba de importar dos Estados Unidos cadeiras que otimizam a recuperação dos atletas após treinos e jogos. Máquina revolucionária já está em funcionamento
Jomar Ottoni, fisioterapeuta do Palmeiras, foi buscar reforços para o clube nos Estados Unidos. Não se trata de nenhum jogador, mas de novos equipamentos que prometem otimizar a recuperação dos atletas após treinos e jogos. As principais novidades são as cadeiras que auxiliam no processo de recovery, como o Verdão chama as atividades regenerativas dos jogadores.
- Essas cadeiras ficam na posição perfeita para a drenagem. Quando o atleta é submetido ao esforço do treino ou do jogo, ele cria muito líquido no corpo todo. Nessa cadeira, ele fica deitado, com a bota pneumática. A posição favorece, porque o pulmão fica bem posicionado em relação à panturrilha, que é a principal bomba do corpo - explicou Jomar, que também trouxe equipamentos portáteis para facilitar a rotina em viagens.
- Os portáteis são vários. A gente pega um quarto e monta uma clínica em cada hotel. O cara tem de ir lá nesta clínica para utilizar os aparelhos. Com os portáteis, dá para fazer no quarto deles. É para comodidade, um recurso a mais. Tudo a gente já tinha, agora dá mais conforto - disse.
Jomar também foi aprender sobre a Kineo System, máquina de origem italiana que o Palmeiras comprou a pedido de seu coordenador-científico, Altamiro Bottino. O Verdão é o primeiro clube da América Latina a adquirir a versão final da Kineo System, que já é utilizada pelos principais clubes europeus, entre eles Barcelona e Juventus.
- Eu fiquei dois dias lá com um dos criadores da máquina, fazendo treinamento e até palpitando com ele sobre algumas melhorias. É fantástico, cara. A gente consegue trabalhar coisas que não conseguia. Muitas vezes a gente acha que está fortalecendo o jogador na academia, mas na verdade está destreinando. A máquina mostra isso. Ela controla a carga pelo ângulo. Não é aquela carga fixa, que você coloca 30 quilos e põe o cara para fazer uma extensão. Se o cara no início consegue fazer 30, mas lá no meio já consegue 50, ela já detecta, já regula e fornece a carga que o cara aguente. É revolucionária - explica o fisioterapeuta.
- O software dela é para fortalecimento, diagnóstico e tratamento. Se o atleta tem dor em determinada angulação, você consegue programar a máquina para que ela fique sem carga naquela angulação. O jogador mostra: "quando chega aqui, dói". A gente vê o ângulo, vai na máquina, zera a carga naquele ângulo e depois volta. A máquina percebe que tem uma queda de geração de força naquele ângulo e adéqua automaticamente.