Em agradecimento, funcionários da base se tornam Avanti no Palmeiras
Com seus salários e empregos garantidos, 100% dos funcionários do Centro de Formação, incluindo gestores e diretores, além de alguns atletas, aderiram a plano de sócio-torcedor
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Ocorreram recentemente mais de 110 adesões ao plano de sócio-torcedor do Palmeiras, todos vindos das categorias de base do clube. Depois optar por redução salarial do elenco principal masculino, do técnico Vanderlei Luxemburgo, do gerente Cícero Souza e do diretor Anderson Barros, além de suspender contratos de alguns funcionários, o clube manteve integralmente empregos e salários da base, e a inscrição ao Avanti é um agradecimento.
- Decidimos ajudar o clube, que tanto pensa em nós e nos possibilita fazer dele ainda maior a cada dia que passa. Essa luta é de todos, e, nesse momento, vimos que precisamos uns dos outros para fazer a diferença. A união é a nossa força para combater esse vírus e espero que tudo volte ao normal em breve - disse Henri, zagueiro da equipe sub-20 e um dos que aderiram ao Avanti.
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Todos os funcionários do Centro de Formação de Atletas (incluindo gestores e diretores) fizeram a adesão, além de alguns atletas do sub-17 e do sub-20. E existe a expectativa de que o número supere os 110 atuais nos próximos dias porque, segundo o Palmeiras, jogadores de outras categorias também demonstraram interesse na ação. Cada um, obviamente, tem a liberdade de escolher o melhor plano dentro de suas condições.
- Essa atitude é um agradecimento a tudo o que o clube tem feito por todos aqueles que vestem sua camisa. Diversas medidas têm sido tomadas para o bem-estar dos empregados, e isso reforça os pilares do lema ‘Família Palmeiras’, sobretudo a união e a solidariedade, essenciais neste momento -destacou João Paulo Sampaio, gerente do Centro de Formação de Atletas.
- Na situação prática, diante de tudo o que nos foi ofertado, ainda tínhamos um sentimento de que poderíamos fazer mais, além do grandioso gesto da carta aberta. Uma família permanece unida nos bons e nos maus momentos, e sabemos que iniciativas como esta são importantes. Foi de coração, e só tenho a agradecer ao clube por tudo o que tem feito por nós - afirmou Rodrigo Jordão, treinador do time sub-11 do Verdão.
A base palmeirense suspendeu as atividades na Academia de Futebol 2, em Guarulhos (SP), em 13 de março, por conta da pandemia do coronavírus. Inicialmente, os elencos sub-10, sub-11, sub-12, sub-13 e sub-14 foram dispensados, mas todos acabaram liberados na sequência. Sem as atividades presenciais, o Palmeiras prescreveu trabalhos diárias para todos, além de realizar acompanhamento online com psicólogo, pedagogo, nutricionista e assistente social. O clube ainda auxilia os atletas com cestas básicas, maior ajuda de custo (equipes menores) e manutenção de salários (equipes maiores).
Depois de realizar um estudo para detectar o impacto financeiro da pandemia, o Palmeiras garantiu que ninguém seria demitido e, assim, houve acordo com os jogadores do elenco principal masculino, envolvendo também o técnico Vanderlei Luxemburgo, o diretor Anderson Barros e o gerente Cícero Souza, para redução de 25% dos salários de maio e junho registrados em carteira, com direitos de imagem de abril e maio parcelados até junho de 2021.
Ainda prometendo manter os funcionários de todos os departamentos, o clube decidiu suspender os contratos de parte de seus profissionais, assegurando, porém, a manutenção do valor líquido de seus salários, recebendo ajuda do governo federal, além de cestas básicas e acesso ao plano de saúde. Não houve alteração nos pagamentos a atletas das categorias de base, do time feminino e de esportes amadores.
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