Ainda sem sofrer gols, Weverton já tem recorde e busca vaga no Verdão

Com 405 minutos jogados pelo Palmeiras, Weverton já chegou a uma marca que não era atingida há 38 anos. Escolhido para jogar o clássico desta quinta, contra o Santos, ele não sofreu gols nos cinco primeiros jogos pelo Verdão. O último a bater esta mesma sequência ao estrear foi Ivã, entre 1979 e 1980.

Antes dos dois, Picasso havia sido o outro a passar os primeiros cinco jogos pelo Verdão sem sofrer gols, em 1963. Na história recente, quem mais se aproximou da marca foi o ídolo Marcos, que foi levar gol na sua quinta partida. Prass foi vazado no seu segundo jogo (contra o Oeste, em 2013), assim como Jailson (o amistoso contra o Red Bull, em 2015).

Até a viagem para a América Central, Weverton havia disputado duas partidas (Ituano e Chapecoense), quando Roger Machado decidiu poupar Jailson. Nos três amistosos, atuou 90 minutos em dois deles (Club Árabe Unido, do Panamá, e Independiente Medellín, da Colômbia), e no último (Liga Alajuelense, da Costa Rica) saiu no intervalo.

A sequência durante a pausa para a Copa do Mundo se deu diante da suspensão de Jailson, que já convivia com algumas críticas da torcida antes da pausa para a Copa do Mundo. Fernando Prass, outro candidato a brigar pela meta, teve uma inflamação no joelho direito que o tirou da viagem. Por isso, o camisa 1 agora está atrás de Weverton.

Contratado em dezembro após 318 partidas pelo Atlético-PR, o goleiro custou 500 mil euros (na época R$ 1,9 milhão). O valor foi o mesmo que a Roma, da Itália, pagou agora para ter Daniel Fuzato seis meses antes do fim do contrato. O garoto de 21 anos é considerado promissor, mas era a quarta opção e não aceitou a oferta de renovação do Palmeiras.

Weverton, apesar dos 30 anos, é visto como a opção para o futuro próximo do clube. Jailson (36 anos) e Prass (40) têm contrato até dezembro e ainda não sabem se vão permanecer. O titular desta semana, por sua vez, tem vínculo por cinco anos, até 2022.

Desde o início do Campeonato Paulista, ele não conseguiu brigar pela titularidade. Mas com todo o trabalho no intervalo do Brasileiro, a chance contra o Santos e a fase de Jailson que não era tão boa nos últimos jogos, o camisa 21 tem, enfim, a oportunidade que sonhava. Desde a pré-temporada, a disputa nunca esteve tão aberta.