OPINIÃO: classificação do Palmeiras à final do Paulistão é exemplo para o futebol brasileiro
A cada classificação, o Verdão mostra que os resultados não são por acaso
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Há quem diga que os números não mentem. No futebol, entretanto, há muita margem para contestar essa afirmação. E não me refiro apenas ao placar magro da vitória do Palmeiras diante do Ituano, mas também à estatística de finalizações, utilizada frequentemente como argumento para apontar o domínio de uma equipe sobre a outra.
O Verdão finalizou 24 vezes contra a meta do Ituano. Esbarrou 11 vezes nas ótimas defesas de Jefferson Paulino. E por incrível que pareça, poderia ter criado mais chances. O jogo foi mais difícil do que as estatísticas apontam - e o próprio Abel Ferreira afirmou isso na coletiva.
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A organização defensiva do Ituano, em duas linhas de quatro, deixava muito espaço para os pontas do Palmeiras - Dudu de um lado e, após a lesão de Bruno Tabata, Breno Lopes do outro. A dificuldade do Palmeiras foi tanta no primeiro tempo, que Raphael Veiga, visivelmente desconfortável, buscava a bola junto dos volantes para que o Palmeiras avançasse. Uma alternativa simples e pouco efetiva, que subutilizava o meia e esvaziava o ataque.
O Palmeiras precisava atrair o Ituano para um lado do campo e virar rápido a jogada, para atacar o lado desprotegido. No intervalo, Abel fez os ajustes necessários para acelerar a troca de passes. Inverteu Zé Rafael com Gabriel Menino, deixou Veiga mais próximo do gol e o time passou a inverter mais rápido a bola sem esvaziar o ataque.
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O gol veio de bola parada, é verdade. Mas as cobranças de faltas e escanteios também são um momento importante - e trabalhado - do jogo. E é no conjunto da obra que está a grande vantagem do Palmeiras. A longevidade de Abel Ferreira no cargo faz com que o time arranje boas soluções mesmo nas ocasiões mais complicadas. O repertório, que (pasme!) já foi amplamente contestado, é imenso, e nos jogos enroscados, o detalhe geralmente pesa a favor do Verdão.
A final do Paulistão será a quarta consecutiva do Alviverde. Para o treinador, é a 11ª primeira decisão no clube, um recorde. Desde 2020, esse casamento já rendeu sete títulos. Os resultados não são por acaso. A cada classificação, o clube mostra que manter um treinador competente no cargo rende bons frutos. A relação entre Palmeiras e Abel deveria servir de exemplo para o futebol brasileiro.
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