ANÁLISE: Com Abel Ferreira, Palmeiras exorciza a ‘palmeirada’

Treinador palmeirense virou o antídoto para um dos maiores fantasmas do torcedor alviverde

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Confesso que quando fui até o Morumbi para cobrir o clássico entre Palmeiras e Santos, neste sábado (4), estava com a sensação que um fenômeno muito conhecido entre os palmeirenses aconteceria: a palmeirada.

E isso tem muito mais a ver com o Santos, pois historicamente a palmeirada acontece quando o Verdão dá brechas para zebras como Asa de Arapiraca, Mirassol ou outras lembranças que o palmeirense quer apagar da memória. Perder para o Peixe nunca poderia ser considerado uma palmeirada, com exceção do momento atual.

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Foi o primeiro jogo do time titular do Palmeiras depois do título da Supercopa do Brasil, contra o Flamengo, conquistado na semana passada, enfrentando um adversário que brigou para não cair no Paulistão até a última rodada nos dois últimos anos, que nesta temporada venceu só um jogo e que saiu atrás em todas as partidas - exceto o empate sem gols contra o Água Santa, pela quarta rodada do Estadual - e com um ambiente tão pesado que a própria torcida invadiu o Centro de Treinamentos na última semana em forma de protesto. Era óbvio que o Verdão era amplo favorito. E quando isso acontece, a palmeirada fica louca para dar as caras.

Esse fenômeno se tornou tão popular entre os palmeirenses que até o Google Docs reconhece. Segue o print abaixo de um trecho escrito antes de ser lançado no publicado. A palmeirada não está sublinhada em vermelho.

Prova de que até o Google Docs reconhece o termo 'palmeirada' (Foto: Reprodução)

Porém, enquanto Abel Ferreira seguir como técnico do Palmeiras, o torcedor alviverde pode ficar tranquilo: a palmeirada dificilmente acontecerá.

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Ela já até deu as caras com o treinador palmeirenses, é bem verdade, na eliminação palestrina na Copa do Brasil, em 2021, para o CRB. E só. Esse momento que certamente foi o de maior turbulência para o técnico português, e o único que a demissão dele chegou a ser cogitada, possivelmente foi um sinal. E desde então, nos jogos que parece que o relaxamento fará com que o Palmeiras vacile, é aí que os jogadores entram mais ligados.

Da temporada passada para esta, o Palmeiras perdeu Danilo e Gustavo Scarpa, dois titulares incontestáveis e possivelmente os mais importantes atletas do elenco palmeirense na temporada passada, mas, ainda assim, o time parece ter iniciado 2023 melhor do que 2022, quando conquistou o Brasileirão com os pés nas costas. Eu não relevo os três primeiros jogos, contra São Bento, Botafogo/SP e São Paulo, que o Verdão ainda estava pegando no breu. E valorizo a Supercopa que acelerou a necessidade do elenco ficar ligado no foco pela competitividade sempre exigida por Abel. E são essas palavras de ordens que tem dizimado um termo que sempre assombrou o palmeirense.

A palmeirada tem um antídoto, e o nome dele é Abel Ferreira.

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