ANÁLISE: Palmeiras faz o ‘básico’, volta a ser eficiente e mostra que pode seguir forte
Verdão consegue duas vitórias consecutivas e tem evolução baseado em virtudes antigas que estavam adormecidas
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A torcida do Palmeiras viveu uma semana de muita irritação (com toda razão) pela atuação do clube no mercado de transferências. No entanto, no fim de semana, o recado dado pelo time no campo acabou sendo um alento para tanto desgosto. A goleada por 4 a 1 sobre o América-MG foi uma amostra do que o Verdão ainda pode mostrar nesta temporada, principalmente por ter trazido elementos que fizeram dessa equipe tão vencendora.
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É verdade que a atuação não foi daquelas que os palmeirenses se acostumaram a ver no último ano e meio, mas somente por ser algo melhor do que estava sendo apresentado após a Data Fifa já é uma baita evolução. Depois de duas semanas "livres", que permitiram descanso e treinos, foi possível perceber um time fisicamente mais inteiro e mentalmente mais focado.
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Como o próprio Abel Ferreira falou em coletiva, essas questões refletiram nas apresentações da equipe nesse último mês e meio. Era visível que alguns jogadores estavam longe de suas melhores condições. E mesmo que eles ainda não estejam 100%, os jogos contra Fortaleza e América-MG já mostraram uma evolução brutal. O resultado está no placar, ainda que nas outras partidas tenha faltado pouco para a vitória sair.
Talvez tenha faltado "voltar ás bases", "fazer o simples" ou "fazer o básico", como o mesmo Abel repetiu tantas vezes em sua conversa com a imprensa após a vitória sobre o América-MG. Isso nada mais é do que voltar a fazer o que esse time sempre fez sob o comando do português, ou seja, ser competitivo, ser eficiente, ser preciso e ser mentalmente forte.
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Diante do Coelho, por exemplo, das sete finalizações certas do time, quatro balançaram a rede. A cada três chutes no alvo, dois entraram. Isso é o Palmeiras de Abel, puro e simples, sem tirar nem pôr. Em termos de competitividade, foram 17 desarmes e oito interceptações, o que mostra um time ligado, brigador e que dificulta a vida do adversário. Ainda não é o ideal? Não é, mas o caminho é esse.
Por último, a questão mental, que é a mais importante. O jogo, como sempre tem várias fases, que precisam ser administradas durante os 90 minutos. No domingo (30), a partida começou complicada para o Verdão, o campo não ajudava e as jogadas não saíam. Mas aí veio a bola parada e mudou tudo: dois gols provenientes desse recurso.
Quando o jogo parecia controlado, o América-MG diminuiu em um lance fortuito e quase empatou no fim do primeiro tempo. O Alviverde resistiu, administrou e voltou para o segundo tempo com aquela velha postura fria e calculista. Deixou o Coelho se perder na empolgação e matou o jogo em dois lance: 4 a 1 e três pontos na conta. Mais uma característica do grande Palmeiras de Abel Ferreira.
O time ainda está longe de ser o que já foi, alguns jogadores ainda estão distantes de sua melhor forma, mas esses indícios de melhora e de "volta às bases" mostram que o Verdão está sim forte na disputa das competições que lhe restam em 2023. Mesmo que o Brasileirão esteja mais longe, o sonho já não é mais tão distante. Enquanto na Libertadores a boa notícia é que se trata de um torneio que você precisa crescer no momento certo, e parece ser justamente o caso palestrino.
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