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Após 11 anos: golaço pelo Verdão foi do Chile à Ucrânia e emociona CX10

Em 29 de abril de 2009, meia fez gol sobre Colo-Colo que classificou o Palmeiras para mata-mata da Liberta, e hoje fica emotivo por ver que 'Batalha da Cordilheira' não foi esquecida

Último confronto: Colo-Colo 0 x 1 Palmeiras (29/4/2009) - Libertadores
Golaço aos 42 minutos do segundo tempo classificou o Palmeiras em 2009 e marcou a vida de Cleiton Xavier (AFP)

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"Vem aqui que quero te mostrar uma coisa no computador. Qual é a emoção ao fazer um gol desses?" Essa pergunta foi feita por um dirigente do Metalist, na Ucrânia, no meio de 2010, antes de Cleiton Xavier assinar contrato. E foi mais uma prova do tamanho do feito do jogador há exatamente 11 anos: o seu golaço na vitória por 1 a 0 sobre o Colo-Colo, em 29 de abril de 2009, no Chile, classificou o Palmeiras na Libertadores e marcou sua vida para sempre.

​- Estou esperando que reprisem esse jogo entre tantos que estão repetindo. Fico até emocionado. Vejo esse lance direto. Sempre tem alguém me mandando vídeo ou palmeirense postando e me marcando. É assim todo ano que chega essa data ou tem jogo de Libertadores. Todos falam desse gol. Foi legal saber que até na Ucrânia viram - disse o ex-meia, aposentado desde 2018, em conversa com o LANCE!, por telefone, de São José da Tapera, no interior de Alagoas, onde mantém a "Escolinha CX10" para crianças carentes.

O jogo foi batizado de "Batalha da Cordilheira". Ao Colo-Colo, em casa, bastava empatar. O Verdão só se classificava ao mata-mata com vitória, e pressionou: duas bolas na trave de Keirrison e chance na pequena área que Cleiton Xavier perdeu. Para piorar, o volante Pierre e o meia Diego Souza, destaques do time, se machucaram e o zagueiro Marcão foi expulso, aos 17 do segundo tempo.

Cleiton Xavier já tinha arriscado de fora da área. Aos 42 minutos, limpou o seu marcador, de muito longe do gol, e armou o chute. Na época, o goleiro Marcos admitiu que gritou para o colega não chutar. Dirigentes do Palmeiras, na época, fizeram o mesmo, do camarote. Mas a bola entrou no ângulo esquerdo.

- Fomos para cima desde o início, jogamos bem, criamos várias oportunidades, tentamos de todo jeito. Um pouco antes do gol, pensei 'hoje, essa bola não entra'. No fim, o gol saiu na pior das hipóteses. Eu estava no melhor ano da carreira, confiança lá em cima, tudo dando certo. Pensei em tentar driblar e, se tivesse um espacinho, chutar. Quando apareceu, não pensei duas vezes: me desvencilhei e fui muito feliz. Não tinha outro ângulo para a bola entrar - lembrou Cleiton Xavier, que sentiu já no dia seguinte a dimensão do que fez.

- Vi muita gente me esperando no desembarque e não entendi nada. Demorou para cair a ficha. Até então, era um gol legal, de classificação, passamos de fase. No Brasil, vi a proporção que tomou. Foi como se tivesse sido campeão, com todos comentando em jornais, televisão. Passei a semana dando entrevista - lembrou, sem dúvidas ao falar do que considera o principal gol da carreira.

- Fiz um gol na Ucrânia na saída de bola e outro parecido com aquele contra o Colo-Colo, só que do outro lado e, claro, sem a mesma proporção, emoção e calor do jogo. Na campanha do título brasileiro de 2016, fiz gols importantes contra Vitória, Inter e Corinthians, e falo sempre que fazer gol no Corinthians é um campeonato à parte, nem tem comparação. Mas esse contra o Colo-Colo tem importância maior por tudo que estava envolvido naquele jogo - indicou.

Confira a ficha técnica da partida realizada em 29 de abril de 2009:

FICHA TÉCNICA
COLO-COLO 0 X 1 PALMEIRAS

Local:
Monumental David Arellano, Santiago (Chile)
Data: 29/4/2009
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai)
Público: 31.038 pagantes
Cartões amarelos: Caroca, Figueroa e Millar (COL); Maurício Ramos e Willians (PAL)
Cartão vermelho: Marcão (17'/2°T)
Gol: Cleiton Xavier (42'/2°T) (1-0)

COLO-COLO: Muñoz; Figueroa, Mena, Riffo e Salcedo; Sanhueza, Meléndez (Jara, aos 18'/2ºT), Millar e Torres (Caroca, aos 16'/1ºT); Carranza (González, aos 40'/2ºT) e Barrios. Técnico: Gualberto Jara

PALMEIRAS: Marcos; Wendel (Willians, intervalo), Maurício Ramos, Danilo e Armero; Marcão, Pierre (Evandro, aos 15'/2ºT), Souza e Cleiton Xavier; Diego Souza (Ortigoza, aos 36'/2ºT) e Keirrison. Técnico: Vanderlei Luxemburgo

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