Palmeiras aprende com 2017 e vence clássico um pouco com a cara de 2016
Roger citou erros do último ano que foram evitados contra o Santos. Andamento do jogo lembrou aqueles no título brasileiro, com poucos riscos, apesar do placar magro
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Antes que você pense que estou comparando este Palmeiras, após cinco rodadas do Paulista, com aquele que conquistou o Brasileiro de 2016, calma, respire. O título da análise do clássico não trata de avaliações táticas das equipes, mas do roteiro do jogo, que acabou com a vitória sobre o Santos.
Em sua entrevista coletiva, Roger disse que o Verdão no último ano cometia um erro: quando estava em vantagem no placar, continuava arriscando-se demais para ampliar o placar, dava espaço ao rival e acabava levando o gol. No primeiro clássico do ano, o treinador queria ver o time com outra postura e saiu satisfeito do Allianz Parque.
A comparação com 2016 se explica porque o time, depois de abrir 2 a 0, levou um gol do Santos, mas no restante da tarde correu poucos riscos. Aquele torcedor mais tenso durante o jogo deve ter percebido isso depois de diminuir a adrenalina. Mesmo no primeiro tempo, em que teve mais problemas, uma chance do Peixe veio em um chute desviado e outra em um escanteio.
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Vencer clássico era, também, uma característica da equipe de 2016. Mas como escrevi mais em cima, este texto não é uma comparação entre os dois times, até porque acabou agora o primeiro mês de trabalho e são apenas cinco jogos disputados, só um contra um rival de Série A, e bastante desfalcado.
Independente disso, Roger vai construindo um bom início de trabalho. Mais uma vez, o Palmeiras mostrou organização, principalmente defensivamente. Quando ataca, pela qualidade de seus jogadores, há poucas dúvidas sobre o que o time pode produzir, só que a defesa nova, principalmente a dupla de zaga, era vista com alguma desconfiança, que aos poucos vai sendo desfeita.
Antônio Carlos e Thiago Martins tiveram outra atuação segura, Marcos Rocha tem crescido a cada jogo, enquanto Victor Luis comete poucos erros. O meio-campo com Felipe Melo e Tchê Tchê, que fez um bom clássico, tem marcado bem, também.
Com a bola no pé, mesmo que Lucas Lima e Dudu não tenham feito um grande jogo, Willian foi muito bem, e Borja cresceu no segundo tempo. A jogada do segundo gol, por exemplo, foi toda dele. Ótimo para o centroavante ter uma boa atuação no dia em que Gustavo Scarpa fez sua estreia. A dúvida persiste: quem sai para a entrada do meia? O colombiano? Willian?
Se este era o principal teste até aqui do Verdão, a atuação no clássico foi segura, embora não tenha sido vistosa. São cinco vitórias em cinco jogos, único time com 100% de aproveitamento. Não dá para pedir muito mais neste início de Paulistão. Mas há espaço para esta equipe evoluir - e aí, em dezembro, quem sabe poder ser comparada com a de 2016.
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