No domingo, na festa pelo título brasileiro com torcedores em frente à Academia de Futebol, o diretor de futebol Alexandre Mattos chamou Edu Dracena de "múmia", ressaltando o número de faixas de campeão que o zagueiro já vestiu na carreira. E o jogador, aos 37 anos de idade, pede para renovar com o Palmeiras, com quem tem contrato até 31 de dezembro.
- A minha prioridade e intenção é permanecer. Quero ficar pela história que construí aqui, pelos títulos, pela minha adaptação ao clube. Conheço todos, fui recebido de braços abertos. Mas sabemos que o futebol é muito dinâmico. Espero o convite do presidente e do Alexandre para permanecer. Vamos ver o que pode acontecer. O futuro a Deus pertence - disse Dracena ao LANCE!
Dracena está no Palmeiras desde 2016. Acumula 109 partidas e, neste ano, marcou seu primeiro gol com a camisa do clube, na vitória por 3 a 2 sobre o Santos, em 3 de novembro, no Allianz Parque. A temporada ainda reservou o seu quarto título brasileiro na carreira (venceu por Cruzeiro, em 2003, Corinthians, em 2015, e no próprio Palmeiras, em 2016).
O zagueiro aumentou seu currículo de conquistas. Fora os títulos brasileiros, é campeão grego (2002/2003, pelo Olympiacos), bicampeão da Copa do Brasil (Cruzeiro em 2003 e Santos em 2010), tricampeão mineiro (2003, 2004 e 2006, pelo Cruzeiro), campeão turco (2006/07) e da Supercopa da Turquia (2007/08) pelo Fenerbahce, tricampeão paulista (2010, 2011 e 2012, pelo Santos) e campeão da Libertadores (2011) e da Recopa Sul-Americana (2012) pelo Santos.
- Estou muito feliz e orgulhoso por chegar a este momento e conquistar um título tão importante quanto o Brasileiro. Sabemos como é difícil. São 38 rodadas, com muitos times brigando pelo título, e conquistei pela segunda vez no clube. É um momento mágico, único. Ainda temos mais um jogo pela frente. Que possamos terminar o ano com a sequência de 23 jogos invictos e, principalmente com a entrega da taça no domingo - comemorou Dracena, que compôs dupla com Antônio Carlos, revezando-se com Gustavo Gómez e Luan.
- Esse foi o grande diferencial do Felipão. Desde que chegou, implantou esse rodízio e os jogadores entenderam muito bem isso. É uma coisa natural na Europa, só que, no Brasil, não tinha essa situação, aqui só tem os 11 titulares. O Felipão conseguiu implantar isso e deu certo. Vimos que, com os jogadores de qualidade que o Palmeiras tem, pode montar duas equipes que vão brigar pelo título. Esse foi o grande diferencial que fez com que o Palmeiras fosse em busca de todos os campeonatos - elogiou, enaltecendo o ano do Verdão.
- É uma pena que não conseguimos chegar ao título na Copa do Brasil, mas chegamos até as semifinais, e na Libertadores também, sendo eliminados por um grande time, que é o Boca. E fomos campeões brasileiros. Temos de levar para o lado positivo de que fizemos uma grande temporada. Quem sabe, no ano que vem, a experiência que adquirimos neste ano possa servir para brigarmos por mais títulos na próxima temporada - falou, deixando ainda mais claro como deseja continuar no Palmeiras em 2019.