Com menção à Taylor Swift, Abel detona gramado do Allianz Parque e manda recado à diretoria do Palmeiras

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Abel Ferreira fez um apelo à diretoria do Palmeiras e à WTorre, empresa que administra o Allianz Parque, para que o gramado sintético do estádio palmeirense seja trocado. Segundo o treinador palmeirense, alguns resquícios de objetos do show da cantora Taylor Swift, realizado entre os dias 24 e 26 de novembro, ainda poderiam ser encontrados no campo. 

Para o português, as condições do piso da casa palestrina representam um risco para lesões. E que a validade da grama artificial não é de 10 anos, por conta da quantidade e intensidade dos eventos que acaba desgastando o material. 

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– O que não podemos é ter um gramado cheio de coisinhas do espetáculo que fizeram da Taylor Swift, a quantidade de bebidas e tudo mais que deve cair ali dentro. O futebol brasileiro é muito intenso e exigente, e os espetáculos também. Se eram dez anos de garantia, isso então era na Holanda, onde jogam a cada 15 dias sem a poluição de São Paulo, os espetáculos daqui, os jogos todos aqui. Infelizmente a garantia não é de dez anos. Não tem mais como jogar aqui. Se jogar, vêm as lesões. Se vierem as lesões, eu avisei – disse Abel Ferreira em entrevista coletiva após a vitória do Verdão por 1 a 0 sobre o Fluminense, que encaminhou o título brasileiro para a equipe alviverde. 

Após o espetáculo da cantora americana, o local também recebeu a turnê sertaneja “Amigos”, que contou com o cantor Leonardo e as duplas Chitãozinho & Xororó e Zezé di Camargo & Luciano. Este evento, inclusive, aconteceu na véspera do duelo contra o Flu e precisou ser desmontado às pressas para que a partida acontecesse na casa palestrina. 

Ainda que com o gramado comprometido, Abel valorizou a movimentação feita pela diretoria palmeirense a administração do Allianz Parque para que o duelo contra o Tricolor carioca acontecesse no estádio e não em Barueri, como havia ocorrido em novembro, contra Athletico-PR e Internacional, o que deixou o treinador palmeirense bastante insatisfeito à época. 

– Atrás de exigência, tem que vir elogio, então agradeço à direção e WTorre pela forma como encontraram solução para jogarmos na nossa casa, nosso chiqueiro. O Palmeiras tem que jogar aqui. Eu só me sinto em casa aqui, os outros lugares são como jogar fora. São elogios e exigências. O gramado tem que ser trocado urgentemente – pontuou o técnico. 

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RECADO À DIRETORIA

Abel fez um apelo à direção palmeirense e à administração do Allianz Parque para que o gramado seja trocado urgentemente, independentemente de quem for ‘pagar a conta’. Ele, no entanto, reforçou que, devido a quantidade de eventos realizados no estádio, e as necessidades de que eles aconteçam, o ideal é a manutenção do piso sintético. 

Adversário do Palmeiras no fim de semana, o Fluminense preservou alguns jogadores titulares justamente por conta do risco de lesões. Em dezembro, a equipe das Laranjeiras terá pela frente o Mundial de Clubes. Abel entendeu a decisão de Fernando Diniz, comandante do clube carioca, em não expor esses jogadores. 

– Não quero saber quem vai pagar, WTorre, Palmeiras, mas esse gramado é um risco para lesões e não tem condição. Se eu tivesse no lugar do Diniz, faria o mesmo. Espero que no próximo ano, não sei quem, que troque o gramado e deixem como estava quando cheguei – salientou Abel Ferreira, que acrescentou. 

– Este gramado (quando está) top, é bom. O Palmeiras não consegue ter aqui um gramado natural, porque entendo que os shows são, sim, uma receita. Se perguntarem, é claro que prefiro o gramado natural, mas não dá para ter aqui.

O Allianz Parque foi inaugurado no fim de 2014. A instalação da grama sintética, no entanto, só aconteceu no início de 2020, após muitas críticas ao estado do campo na condição anterior, pois as condições ficavam precárias devido ao excesso de shows e eventos que ocorrem no estádio palmeirense.