DEIC investiga Galiotte e presidente do Conselho por contrato com Crefisa
Mandatário do Palmeiras e Seraphim Del Grande prestarão depoimento na Polícia Civil sobre a mudança da parceria com a patrocinadora; acusados veem movimento político
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Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, e Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo do clube, estão sob investigação do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) da Polícia Civil pela mudança no contrato com a Crefisa, transformando o investimento da parceira para contratar jogadores em dívida. Os acusados veem motivação política.
A informação foi dada primeiramente pelo UOL. Ao LANCE!, tanto Galiotte quanto Del Grande ressaltaram que todas as alterações foram debatidas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo. Ambos foram chamados para depor no mês passado, mas não puderam comparecer por conta de compromissos particulares e aguardam uma nova data para dar explicações.
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A mudança no contrato transformou em uma dívida de R$ 120 milhões, com uma taxa mínima de juros mensais, o investimento em jogadores como Dudu, Bruno Henrique, Deyverson e Lucas Lima, entre outros. A alteração foi motivada por uma imposição da Receita Federal. Uma das contestações é que Galiotte teria assinado esse aditivo em janeiro de 2018, quando estava de licença do cargo, mas com data de dezembro de 2017.
Conselheiros ligados ao presidente apontam que o pedido para instauração do inquérito é de 21 de novembro do ano passado, três dias antes da eleição vencida por Galiotte, e tornou-se público às vésperas de eleição para presidência do Conselho Deliberativo, na segunda-feira, na qual Del Grande é candidato à reeleição. O autor do pedido ao DEIC é Paulo Jussio, conselheiro da oposição e ligado ao ex-presidente Mustafá Contursi.
Os oposicionistas, contudo, ressaltam que Galiotte assinou a mudança durante a sua licença, quando seu cargo era ocupado por Genaro Marino, então primeiro vice-presidente e da oposição a Galiotte - concorreu contra o atual mandatário nas últimas eleições. Além disso, o argumento é de que, na reunião em que foi aprovada a mudança no contrato com a Crefisa, esse assunto não estava na pauta.
Confira abaixo o posicionamento de Galiotte e Del Grande:
"Como Presidente da Diretoria Executiva e Presidente do Conselho Deliberativo do Palmeiras, lamentamos profundamente que questões políticas tenham se sobreposto aos interesses da instituição, a ponto de se tentar colocar sob suspeição a imagem de gestão responsável pela qual nosso clube passou a ser reconhecido.
Os novos contratos com a Crefisa foram amplamente debatidos e aprovados pelo Conselho Deliberativo, órgão máximo do Palmeiras. Portanto, a atitude oportunista de alguns membros da oposição ao levarem a outras esferas um assunto interno do clube, nada mais é do que uma tentativa de conturbar um ambiente limpo, democrático e transparente.
Atuamos seguindo rigorosamente todas as regras estatutárias, por isso, estamos absolutamente seguros sobre todos procedimentos adotados nesse, e em todos outros casos que envolvem o nome de nosso clube. Dessa forma, quando necessário, prestaremos todos os esclarecimentos às autoridades sobre a lisura na condução dessa questão."
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