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Deyverson diz por que nem sempre atua como 9: ‘Dou a vida pelo time’

Centroavante recebeu bronca pública de Felipão por não estar sempre dentro da área, mas argumenta que seu estilo ajuda o Palmeiras também marcando e forçando o rival a errar

Deyverson Volpi
imagem cameraDeyverson cita pressão na defesa adversária como argumento quando não faz gol (Agência Palmeiras/Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 13/07/2019
23:33
Atualizado em 14/07/2019
10:00

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Deyverson levou uma bronca pública de Luiz Felipe Scolari após a vitória por 1 a 0 sobre o Inter, no Allianz Parque, pela Copa do Brasil. O técnico se irritou por ver o centroavante jogando "como camisa 8", armando, em vez de ser "um 9", buscando o gol. Mas o atacante argumenta que seu estilo vem muito do esforço para incomodar o adversário, como fez no 1 a 1 diante do São Paulo, nesse sábado, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.

- Quero ajudar muito a equipe. Muitas vezes, não estou na área para fazer o gol porque marco e corro para a equipe, dou a minha vida pelo Palmeiras e pelos meus companheiros. O atacante vive de gol, mas sou um cara que ajuda muito a equipe, dou meu sangue. Muitas vezes, não farei gol, mas vou tirar uma bola, pressionar, fazer o adversário errar - apontou Deyverson.

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- A torcida tem de compreender um pouquinho que não chuto muito no gol porque dou minha vida, né? Mas, independentemente disso, o torcedor é apaixonado. Gosta do Deyverson, mas ama o Palmeiras. Sou um cara muito tranquilo sobre isso - insistiu o camisa 16.

O tom de cobrança de Felipão, ao menos, diminuiu. Deyverson admitiu que segurou mais a bola no clássico do que fez no meio de semana, e ouviu o treinador usar a entrevista coletiva depois do Choque-Rei desse sábado para elogiá-lo, mesmo pedindo mais foco em balançar as redes.

- Deyverson tem me dado respaldo. Dei uma carraspana nele publicamente, internamente, mas são situações que vamos administrando dentro do grupo. O Deyverson é um atacante que gosto muito. Só não quero que ele perca as características. É muito bom que ele adquira outras características, mas não perca as características principais: ser goleador - falou Felipão.

- Ele deixou bem claro que sou camisa 9, não sou 8. E ele tem toda razão em falar isso. Realmente, centroavante vive de gol. Mas, muitas vezes, não faço gol, só que tiro uma bola, ajudo meus companheiros, corro pelo Palmeiras. O Felipão é uma grande pessoa, como professor e ser humano. Vai falar comigo porque, eu acertando ou errando, ele é o treinador e temos de ouvir - disse Deyverson, mais aliviado com a sua atuação no Morumbi.

- Falaram que, contra o Inter, não fiz um bom jogo, porque tinha de segurar mais a bola. Contra o São Paulo, graças a Deus, tive mais tranquilidade para segurar a bola. Fico feliz que fiz isso no toque que dei para o gol do Dudu. Mas todos sabemos que podemos dar mais. É acertar algumas coisas em que temos falhado, mas estamos muito felizes e invictos. É seguir trabalhando, porque não tem nada ganho - indicou o centroavante.

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