Em luto, Palmeiras destaca ‘rivalidade sadia’ com Pelé em tempos áureos e enaltece legado do Rei
Ademir da Guia, ícone alviverde, também fez sua despedida ao Maior da História
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O Palmeiras foi mais um dos rivais do Santos a lamentar o falecimento aos 82 anos de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, por complicações de um câncer, nesta quinta-feira (29).
Por meio de suas redes sociais, o Verdão postou condolências pelo maior atleta de todos os tempos.
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A presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras, Leila Pereira, decreta luto oficial por sete dias em homenagem ao Rei Pelé, maior atleta de todos os tempos, que morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos, em São Paulo (SP). pic.twitter.com/0UpE86Pywj
— SE Palmeiras (@Palmeiras) December 29, 2022
+ São Paulo decreta luto oficial pela morte de Pelé e relembra passagens do Rei pelo Morumbi
A presidente do clube alviverde, Leila Pereira, também decretou luto oficial de sete dias, período no qual as bandeiras serão hasteadas no Parque Antártica.
- A Sociedade Esportiva Palmeiras reverencia a trajetória do Rei e presta condolências a seus familiares e fãs - diz o clube, em texto oficial.
Em seu site oficial, o Palmeiras relembrou a trajetória de confrontos históricos do clube contra o Santos de Pelé, entre os anos 1950 e 1960, período no qual o Alviverde ficou consolidado com o apelido de Academia por fazer frente ao time do Rei, um dos maiores da história.
Palmeiras e Pelé construíram, ao longo do tempo, uma rivalidade pautada pelo talento e pelo respeito mútuos. Durante as décadas de 1950, 60 e 70, o Verdão e o Rei do Futebol protagonizaram confrontos marcantes e momentos inesquecíveis, que engrandeceram a história do esporte no país.
No começo da carreira, Pelé contou com a ajuda de dois craques que atuaram pelo Palmeiras: Waldemar de Brito e Jair Rosa Pinto.
Atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1934 e do Verdão entre 1945 e 1946, Waldemar foi o descobridor do camisa 10, sendo o responsável por levá-lo da base do Bauru Atlético Clube ao Santos, em 1956.
Já em seus primeiros passos na Vila Belmiro, o jovem Pelé recebeu conselhos do experiente companheiro de equipe Jair, meia do Brasil na Copa de 1950 e um dos heróis do título mundial de 1951 do Palmeiras, onde atuou até 1954, antes de rumar para Santos.
Pelé enfrentou o Palmeiras pela primeira vez no dia 15 de maio de 1957. O duelo, válido pelo Torneio Rio-São Paulo, foi disputado no Pacaembu e terminou com vitória santista por 3 a 0 – o camisa 10 fez dois gols. Já a última partida em que o Verdão teve pela frente o Rei do Futebol ocorreu em 9 de setembro de 1974, também no Pacaembu, pelo Campeonato Paulista, e acabou empatada em 0 a 0.
Embora tenham dominado o futebol brasileiro na década de 1960, Palmeiras e Santos disputaram apenas uma final durante a chamada Era Pelé, já que a maioria dos campeonatos era de pontos corridos. Foi em 1959, quando os clubes decidiram o Supercampeonato Paulista, assim apelidado em razão do elevado nível técnico demonstrado pelas equipes que participaram do torneio e pela necessidade de uma melhor-de-três para definir o campeão. E o Verdão levou a melhor, acabando com uma seca de títulos que perdurava havia oito anos.
O mundo se despede hoje do craque que transcendeu o esporte e transformou o futebol em arte.
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Leia em nosso site algumas histórias sobre a relação de respeito e rivalidade entre Palmeiras e Pelé ➤ https://t.co/PJRVFq43mj pic.twitter.com/Lobutpszcy
A conquista do Paulista de 1959 pelo Palmeiras impediu que o Santos ganhasse cinco estaduais seguidos, alcançando um feito inédito na história da competição – o clube da Baixada, que havia se sagrado campeão em 1958, repetiria a dose em 1960, 1961 e 1962.
Aliás, de 1958 a 1969, o Santos só não conquistou o título paulista em 1959, 1963 e 1966, anos em que o Palmeiras ficou com a taça. Além disso, o Verdão impôs, em 12 de dezembro de 1965, uma das maiores derrotas sofridas pelo time alvinegro na Era Pelé: 5 a 0, no Estádio Palestra Italia – Servílio (dois), Dario (dois) e Dudu marcaram.
Pelé tinha apenas 21 anos, no início de 1962, quando foi lançado o primeiro filme sobre a sua vida. Idealizado por Fábio Cardoso, “O Rei Pelé” teve em seu elenco o próprio craque, além de atores que o interpretaram em diferentes momentos de sua trajetória dentro e fora de campo. E o adolescente Pelé foi vivido na tela grande por Luís Carlos Feijão, que atuou nas categorias de base do Palmeiras e chegou a ser jogador profissional. Feijão, que virou despachante após pendurar as chuteiras, morreu em 2011, aos 64 anos.
Uma semana depois de Pelé comemorar o seu milésimo gol na carreira, anotado no Maracanã, o Santos enfrentou o Botafogo no Parque Antarctica, no dia 26 de novembro de 1969. Antes do jogo, que terminou em empate sem gols, a diretoria do Palmeiras prestou uma homenagem ao camisa 10 santista pela façanha alcançada. O diretor de futebol José Gimenez Lopes e os jogadores Leão, Baldochi e Cabralzinho entraram em campo para entregar ao craque uma placa de prata.
Enquanto Ademir da Guia e Pelé defenderam, respectivamente, Palmeiras e Santos, o Corinthians não conquistou nenhum título de expressão. O Rei do Futebol atuou pelo time alvinegro de 1956 a 1974, quando se transferiu para os EUA; já o Divino chegou ao Verdão em 1961 e permaneceu no clube até setembro de 1977. Após se sagrar campeão estadual de 1954 (o jogo decisivo aconteceu em janeiro de 1955), o Corinthians só voltou a ganhar uma competição relevante em 13 de outubro de 1977: o Campeonato Paulista.
Foi uma honra dividir os gramados com você, Pelé! Obrigado por tudo, Rei 👑 pic.twitter.com/jFQ1DtCCh7
— Ademir da Guia (@Ademir_daGuia) December 29, 2022
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