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Em seu primeiro clássico pelo Verdão, Jailson se apoia em fé e avó materna

Paulista mora com Dona Nascife deste os 13 anos, quando pais se separaram. Devoto de Nossa Senhora de Aparecida, ele será titular contra o São Paulo, no Allianz

Jailson estreou na Série A do Campeonato Brasileiro nesta temporada, com o Palmeiras
imagem camera(Foto: Cesar Greco)
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São Paulo (SP)
Dia 06/09/2016
22:55
Atualizado em 07/09/2016
11:00

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Titular do Palmeiras há cinco jogos, Jailson não entra em campo sem telefonar para a avó, dona Nascife, com quem vive desde os 13 anos, quando os pais se separaram. Natural de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o camisa 49 fará seu primeiro clássico na Série A do Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, às 21h45, contra o São Paulo, no Allianz Parque, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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- Olhe de onde saí e onde estou agora. Eu preciso agradecer todos os dias. Até hoje não acredito que sou jogador do Palmeiras. Qualquer problema fica pequeno diante dessa grandeza - conta o goleiro, em longa entrevista publicada pela Revista do Palmeiras deste mês. Começou a carreira no Joseense e ganhava dinheiro da avó, então empregada doméstica, para pegar a condução rumo aos treinos.

Como só tinha dinheiro para uma passagem de ônibus por dia, fazia grande parte do trajeto a pé. Com o primeiro salário, de R$ 100, comprou uma televisão. Devoto de Nossa Senhora Aparecida e fã do goleiro Fernando Prass - quem, segundo ele, é um Soldado Universal, um cara que não desiste nunca apesar das dificuldades -, Jailson foi com a avó e a esposa ao Santuário Nacional de Aparecida do Norte no dia seguinte à estreia no Palmeiras.

- O Jailson sempre teve força de vontade e sempre foi essa pessoa divertida. Ficamos muito amigos em 2001. Quando fechei com o Palmeiras, ele foi jogar no Guaratinguetá. Em 2008, jogamos contra. Depois da partida, ele me pediu a camisa e falou que estava precisando de chuteira, pois em clubes menores o próprio jogador precisa comprar a sua. Como eu já tinha patrocinador, sempre que nos encontrávamos eu dava um par para ele no vestiário. Tinha o maior prazer em poder ajudá-lo. Serve de exemplo para os jovens - conta o volante Wendell, ex-Palmeiras. Dava suas chuteiras para o goleiro jogar.

Fernando Prass já iniciou sua fisioterapia e é presença frequente no gramado da Academia de Futebol, depois de feitas as sessões. Enquanto o camisa 1 se recupera da cirurgia no cotovelo direito, Jailson segue como titular da meta palmeirense. 

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