Felipão credita dificuldades no ataque à defesa do San Lorenzo
Na vitória por 1 a 0 contra o San Lorenzo, nesta quarta-feira, Palmeiras finalizou pouco durante os 90 minutos. Treinador falou sobre a condição de Scarpa, que saiu com dores
A vitória por 1 a 0 sobre o San Lorenzo nesta quarta-feira, no Allianz Parque, fez o Palmeiras conquistar alguns objetivos na Copa Libertadores. O Alviverde entrou em campo já classificado para as oitavas de final, mas o triunfo garantiu o primeiro lugar do Grupo F e a melhor campanha geral da fase de grupos.
As notícias são boas, mas não vieram fácil. Em um jogo com poucas finalizações, a equipe paulista não fez um bom primeiro tempo, teve dificuldades de furar a defesa argentina, e após abrir o placar com o Gustavo Scarpa na segunda etapa, se fechou. Felipão justificou a dificuldade da equipe em criar chances:
- O outro time tinha cinco zagueiros. Os jogadores todos jogando do meio para trás. Faltou espaço, um pouco de criatividade. É difícil jogar contra essas equipes, que vem determinadas apenas a se defender, e nada mais. Eram oito atrás. O que acontece é que o nosso time teve pouco espaço, 40 ou 30 metros de campo para trabalhar, às vezes contra 10 jogadores adversários na defesa. Muito difícil.
Findada a fase de grupos, a Copa Libertadores para por causa da Copa América, que será disputada em junho, no Brasil. Desta forma, o mata-mata da competição começa a ser disputado somente em julho. O comandante alviverde negou a preferência por um teórico início imediato das oitavas-de-final.
- Não. Não vejo como a gente ia ficar melhor ou pior. Tem a Copa América, não adianta, já estava definido assim. Eu prefiro pensar que, tendo os jogos que temos e o tempo que temos para se preparar para um adversário, é até melhor - disse.
Nesta quarta-feira, Gustavo Scarpa entrou aos 17 da segunda etapa, fez o gol da vitória palmeirense, e saiu aos 30, por precaução após sentir dores no joelho. Felipão falou sobre a condição do atleta e projetou o time para o duelo contra o Atlético-MG no próximo domingo, às 16h, em Belo Horizonte, pela quarta rodada do Brasileirão.
- Amanhã ele (Scarpa) vai fazer os exames que tem que fazer. Deve ter sido uma batida no joelho, atrás do joelho. Mas não se tem ideia do que pode ser. Vou trocar três a quatro (jogadores) certas para o jogo de domingo. É isso o que nós estamos fazendo em todos os jogos, então vamos continuar fazendo.
OUTROS TÓPICOS DA COLETIVA
Libertadores diferente
Sim. No início da Libertadores, se a gente fosse prever os candidatos ao título, as classificações, muito de nós escreveríamos A e B, mas A em primeiro. Em três ou quatro grupos não foi assim que aconteceu. É uma Libertadores um pouquinho diferente do que a gente imaginava. Vai ser uma disputa muito interessante
Influência do título da Libertadores de 1999 na carreira
Não sei o que mudou, sei que sou reconhecido pela torcida do Palmeiras pelo trabalho naquela época. É muito lembrada, a única que o clube conseguiu até agora. Vamos ver se conseguimos mais uma. As dificuldades, a alegria. Acredito que tenha mudado alguns aspectos da minha carreira, foi uma conquista com uma grande equipe. Mas eu não sei dimensionar o quanto foi importante, ou o quanto mudou. Só sei que foi maravilhoso.
Mata-mata ou pontos corridos?
Toda fase me agrada. Libertadores é interessante sempre. Mas tem algumas características que eu gosto mais que o campeonato de pontos corridos. Mas veja bem, o de pontos corridos também é interessante quando temos um grupo para trabalhar, montar um rodízio com os atletas, torna-se também a disputa muito interessante. Eu gosto de mata-mata, sim, mas também passei a gostar bastante de campeonato de pontos corridos. Desde quando fui para a China. Tínhamos que prever alguns detalhes. Vamos jogar o que tem pela frente, mas sempre visando chegar nas finais, para ver se conseguimos atingir os objetivos que traçamos no ano.