A um gol de ser vendido ao Basel, Arthur Cabral agradece Palmeiras
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, atacante fala da chance de já bater no domingo a meta estabelecida para ficar na Suíça em definitivo, da sua relação com o Verdão e Olimpíada
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No domingo, contra o Luzern, pelo Campeonato Suíço, Arthur Cabral pode bater uma meta que ele mesmo chama de ousada: chegar a 12 gols na primeira temporada no Basel. É exatamente o que ele precisa para obrigar o clube a desembolsar 4,5 milhões de euros (quase R$ 26 milhões) ao Palmeiras para contratá-lo em definitivo, e ainda faltam, no mínimo, cinco jogos para cumprir o objetivo até o fim de seu empréstimo, no dia 30. O atacante mostra só agradecimento pelo que aprendeu em oito meses no Verdão, em 2019.
Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o jogador de 22 anos expõe seu sentimento em relação ao Verdão, onde passou por adaptações físicas, atuou seis vezes e fez um gol. Hoje, o centroavante, por quem o Palmeiras pagou R$ 5 milhões por 50% dos direitos econômicos em 2018, acumula 11 gols em 25 jogos na Europa (dois, incluindo um de bicicleta, na vitória por 3 a 2 sobre o Lausanne, no último domingo, na primeira partida após a pausa devido à pandemia). Arthur Cabral fala ainda do sonho de estar na Olimpíada de Tóquio, adiada para 2021.
Confira abaixo a conversa do LANCE! com Arthur Cabral:
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Qual é a sua expectativa de já bater no próximo jogo, no domingo, a meta de gols traçada para ficar no Basel? Não é uma meta simples...
Não foi uma meta simples que foi imposta. Realmente, o clube acreditou em mim, no meu potencial, e estabeleceu uma meta ousada, para que eu pudesse ajudar mesmo o Basel em meu primeiro ano. E é assim que eu me sinto, ajudando minha equipe. Tomara que eu consiga bater.
Diante da sua média, é bem improvável que você não faça o gol que falta para bater a meta. Você já se imagina como jogador do Basel em definitivo?
Cara, difícil dizer isso, né? Eu, hoje, só me imagino jogador do Basel. Visto a camisa de onde estou e a defendo com intensidade. Tenho muito carinho pelas equipes que passei, Ceará, Palmeiras… Elas compõem a minha história. Mas, hoje, eu visto a camisa do Basel.
Você já tinha feito gol de bicicleta? Já fez gol mais bonito do que o de domingo?
Não tinha marcado ainda, só em jogo-treino. Eu tenho alguns gols bonitos e importantes, principalmente vestindo a camisa do Ceará, um que fiz contra a Chapecoense de fora da área, mas acho que esse foi, sim, um dos mais bonitos.
No Palmeiras, você se machucou e teve ainda uma readaptação física. Dá para dizer que você acabou usufruindo dessa melhora no Basel?
A gente está em constante evolução jogando em qualquer clube. Tudo que tenho hoje é fruto do que adquiri no Ceará, no Palmeiras, aqui mesmo. Cada dia, a gente está melhor e mais preparado.
O que você conseguiu evoluir no Basel?
Acho que a questão física, questão de imposição dentro da área. Aqui, tenho encarado defensores que gostam mais desse enfrentamento, de um jogo mais pegado, e a isso eu tenho me adaptado muito bem.
Qual é a sua sensação ao lembrar do Palmeiras?
De aprendizado. Fiz grandes amigos lá, tive uma experiência muito positiva. Passar por um clube do porte do Palmeiras, morar em São Paulo. Tudo é aprendizado e amadurecimento. Só tenho boas memórias pelo clube.
Você mantém contato frequente com alguém do Palmeiras?
Tenho contato com alguns jogadores e funcionários, sim. Não frequente, né? Porque temos vidas diferentes, até horários e etc. Mas tenho contatos lá, sim. Fiz bons amigos, conheci muita gente bacana.
Como tem sido a rotina na Suíça? Conhece alguma vítima do coronavírus?
Tem melhorado já nestes últimos dias. Estando mais parecido com o “normal”. Acho que é uma rotina muito parecida com a que o mundo todo está vivendo. De mais confinamento, mais cuidados, mas, aos poucos, as coisas vão se ajeitando. Não conheço ninguém que tenha sido vítima do vírus.
Você estava na Seleção Olímpica, imagino que estivesse, no mínimo, na expectativa de estar em Tóquio. Como lidou com o adiamento dos Jogos?
Entendi como algo normal... O esporte em geral sofreu um baque com a pandemia, muitas pausas, bastante gente teve de quebrar ritmo de treinos, de competição. Então, quando começou, a gente esperava que esse evento, desse tamanho, fosse ser adiado também.
Você acredita que este ano a mais pode até ter te beneficiado, por ter chance de estar melhor tecnicamente, jogando na Europa há mais tempo?
Acredito que sim. Venho em um momento muito bom e, com o adiamento, posso tentar buscar manter e até melhorar. Tenho o sonho, sim, de vestir a camisa da Seleção Brasileira sempre, ainda mais em uma Olimpíada. É um objetivo que vou buscar.
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