Guerra dispara que não se sente respeitado no Palmeiras
Em entrevista, meio-campista mostrou-se muito irritado com o tratamento recebido no clube paulista desde sua chegada e revela desejo de sair
O meia venezuelano Alejandro Guerra não teve papas na língua ao criticar o Palmeiras em uma entrevista na última segunda. Para o podcast "El Drink Team", o jogador disse, de forma bastante irritada, que não se sente valorizado e nem respeitado pelo clube.
- Quando eu me lesionava e voltava, já não me colocavam. Sinto que aqui no Palmeiras não valorizaram o que eu sou. Digo com toda a responsabilidade, porque eu disse a eles: ‘Vocês aqui não me valorizam’.
Lobo, como é chamado, chegou ao Palmeiras em 2017, após passagem de destaque no Atlético Nacional, da Colômbia. No entanto, assim como Miguel Borja, não foi uma unanimidade e foi bastante contestado, por torcida e treinadores, os quais, na maioria das vezes, o deixavam no banco de reservas.
- Quando eu cheguei ao Palmeiras, eu estava bem, te digo que estava bem. Tanto que havia jogos na Data Fifa, mas disseram para eu não ir. Quando dizem isso é porque você está bem, porque precisam de você e te querem dentro do clube. Então, eu não fui jogar pela seleção, mas não me colocaram para jogar e eu chamei o diretor. ‘Vocês disseram que me querem e não me colocam para jogar. Parece uma falta de respeito de vocês.’ Pediram calma, que eu estava com raiva. Fiz o sacrifício de não ir à seleção e não me colocavam para jogar?
Guerra, inclusive, pediu para o tema ser mudado, porque ele considera o assunto “quente”, no sentido de polêmico.
- Não falo disso, somente com minha família e com meus amigos. Sabe aquele aparelho que se coloca para medir seu treinamento? Sabe o que me falaram? ‘Pare, pare, seu limite já deu. Não necessitamos que treine mais’. Quero sair, já manifestei isso. Lamentavelmente, teve a pandemia e terminaram as possibilidades, mas manifestei que tenho desejo de sair. Eu quero negociar, mas se não jogo, é muito difícil negociar.
Por fim, ele ainda falou que, após o término do seu empréstimo com o Bahia, voltou para São Paulo e tem treinado separado, o que, segundo ele, é uma falta de respeito em todos os sentidos. O contrato do jogador vai até o final de 2020.
- Estava treinando à parte, em outro horário. Isso não se faz com ninguém, é uma falta de respeito, em todos os sentidos da palavra. Se a equipe treina de manhã, eu treino à tarde. Se a equipe treina à tarde, eu treino de manhã - finalizou.