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Leila e comando do futebol: ‘leituras diferentes’ entre Maurício e Nobre

Presidente diz que há um respeito grande entre ele e o antecessor, mas citou divergências em assuntos importantes no início de sua gestão. Ele evitou falar em rompimento

Paulo Nobre e o vice Maurício Galiotte
imagem cameraGaliotte foi vice-presidente de Nobre durante os quatro anos de gestão (Foto: Cesar Greco)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/03/2017
17:10
Atualizado em 16/03/2017
17:34

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Vice-presidente durante os quatro anos da gestão de Paulo Nobre, Maurício Galiotte diz que teve uma "leitura diferente" que a do antecessor em um assunto importante, a candidatura de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo. Embora hoje distante do ex-presidente, o atual mandatário diz que há uma relação de "muito respeito" entre os dois.

- Tive uma leitura diferente do presidente Paulo Nobre. Achei que o caso (de Leila) deveria ser tratado no Conselho Deliberativo, a situação já foi votada, inclusive, mas tivemos uma leitura diferente da situação. Isto é um fato. Afastamento, não afastamento... o Paulo tem os assuntos particulares dele, se colocou totalmente à disposição no momento que for necessário, caso o Palmeiras precise da ajuda dele. A semana retrasada falei com o Paulo, foi aniversário dele, trocamos mensagens. Tenho respeito muito grande por ele, e ele por mim. Tem uma leitura diferente de um assunto que para ele é muito importante - resumiu Maurício, em entrevista ao Esporte Interativo.

No último dia de sua gestão, Nobre tentou impugnar a candidatura da patrocinadora ao CD, alegando que ela era sócia desde 2015, tempo insuficiente para ser votada. A presidente de Crefisa e FAM, por sua vez, defendeu-se citando que recebeu o título de associada em 1996, do ex-presidente Mustafá Contursi, figura influente na política alviverde e também próximo de Maurício.

Galiotte levou o caso ao Conselho Deliberativo, que votou pela aprovação da candidatura de Leila - a patrocinadora foi eleita com recorde de votos, 248, e aprovada por aclamação. O apoio de Maurício à entrada de Leila na política incomodou Nobre, que desde então não tem uma relação com o sucessor. Outro motivo de desavença foi a função do ex-presidente na atual gestão.

Pessoas ligadas à política do Verdão citam que Nobre pediu o cargo de diretor estatutário de futebol, extinto justamente pelo então presidente em 2013, e foi negado por Maurício. O mandatário conta que não houve um pedido formal, mas que é possível que o dirigente esperasse um convite.

- Ele (Paulo Nobre) não fez o pedido de que quer ser o diretor de futebol, não foi dessa maneira. Falamos muito de sucessão, como seria 2017, e o Paulo tem claramente, seguramente, uma paixão pelo futebol do Palmeiras, mais do que qualquer coisa. Sempre foi um desejo dele de estar no Palmeiras, trabalhando no futebol, mas como dirigente ele foi vice-presidente, não esteve no futebol em 2007 e 2008. Ele não fez o pedido formal, ele disse que gostaria de estar conosco. Talvez esperasse o convite - completou.

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