Leila vai ao COF para explicar aditivos em contratos do Palmeiras
Patrocinadora falou por cerca de 30 minutos com os membros do Conselho de Orientação e Fiscalização, na segunda. Mudança em contratos gerou uma dívida de R$ 120 mi ao clube
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Leila Pereira, patrocinadora e conselheira do Palmeiras, foi à reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do clube, na segunda, para explicar os aditivos em contratos de jogadores contratados com aporte da Crefisa. Os cofistas queriam tratar destes acordos, que geraram ao Verdão agora um débito de cerca de R$ 120 milhões.
O encontro durou cerca de 30 minutos e contou no fim com perguntas e respostas de Leila. Mustafá Contursi, hoje desafeto da patrocinadora e um dos principais membros do COF, participou, mas não fez questionamentos e só acompanhou a reunião.
Alguns dos conselheiros chegaram a cogitar fazer um novo aditivo, por considerar o atual ruim financeiramente para o Palmeiras, mas não houve avanço - Leila disse aos cofistas que não quer onerar o clube. O COF ainda nem votou a aprovação dos balanços de janeiro e fevereiro por conta das divergências quanto a estes valores.
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Maurício Galiotte, presidente do Verdão, também esteve na reunião. Em outras ocasiões, o dirigente já disse que considera esta uma "dívida coberta", pois o clube tem os jogadores como ativos.
ENTENDA O CASO
A Crefisa recebeu uma pesada multa da Receita Federal por conta das contratações de jogadores - Luan (R$ 10 milhões), Fabiano (R$ 6,7 milhões), Bruno Henrique (R$ 14 milhões), Guerra (R$ 10 milhões), Thiago Santos (R$ 1 milhão), Borja (R$ 33 milhões), Deyverson (R$ 18 milhões), Dudu (R$ 10 milhões) e Lucas Lima (R$ 17,5 milhões). Em sua contabilidade, a empresa colocava os valores usados para isso como "despesa".
Como esse dinheiro seria devolvido na hora da venda dos atletas, a Receita entendeu que não se tratava de "despesa", mas de "empréstimo". O que muda é a tributação. Por conta disso, teve de pagar multa no último ano e por consequência alterou a modalidade dos contratos em seu balancete.
Antes, a Crefisa receberia a quantia aportada em uma futura venda, sem correção. Após os aditivos, o dinheiro precisa ser devolvido com uma pequena correção, baseada no CDI, bem abaixo dos juros bancários.
Além disso, o clube precisa devolver todo o dinheiro aportado pela patrocinadora para compra de jogadores, mas só quando eles forem vendidos. Se não forem vendidos até o fim do contrato ou se saírem por valor menor do que o investido, o clube terá dois anos para ressarcir a Crefisa. Se houver lucro na operação, ele ficará com o Verdão.
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