Alexandre Mattos foi demitido do Palmeiras em dezembro, após cinco anos. No mês passado, assumiu a direção de futebol do Atlético-MG, mas preferiu não descartar um retorno ao Verdão caso Leila Pereira, conselheira e principal patrocinadora do clube à frente de Crefisa e Faculdade das Américas, seja candidata e ganhe a eleição para ser presidente no final do ano que vem.
- Adoro a Leila e o Zé Lamacchia (também conselheiro e proprietário de Crefisa e FAM). Eu os considero meus amigos. Digo sempre que meu interesse neles sempre foi na amizade e em dar algum retorno de alegria para eles como palmeirenses, e, em alguns momentos, conseguimos. O futuro temos sempre que aguardar - falou Alexandre Mattos ao SporTV.
- No futuro, quero manter a amizade com a Leila e o Zé Lamacchia e todas as pessoas e amigos que fiz no Palmeiras. Isso vale mais do que qualquer coisa. Se um dia Deus permitir que eu retorne, ou encontre em outra coisa profissional, ou na amizade, que é o que vale... Sou um cara de muito coração e agradecido por todos os momentos que vivi, principalmente pelas amizades e pessoas que conheci no Palmeiras - continuou.
As empresas de Leila Pereira firmaram-se como parceiras do Verdão durante todo o período em que Mattos trabalhou no clube. A conselheira sempre elogiou e ressaltou sua confiança no trabalho do dirigente em entrevistas e publicações nas redes sociais, inclusive publicando fotos com Mattos.
No fim de 2018, quando Maurício Galiotte foi reeleito presidente do Palmeiras, Alexandre Mattos ampliou seu contrato até o final do mandato, em dezembro de 2021. Mas passou a sofrer intensa pressão de torcedores ao longo de todo o segundo semestre do ano passado, com as eliminações em Copa do Brasil e Libertadores, e, há duas semanas, deu entrevista à Fox Sports dizendo que acabou demitido por pressão política.
Ao falar em aguardar o futuro, Mattos lembrou o que ocorreu com ele desde a sua saída do Palmeiras, em 1 de dezembro. O diretor de futebol aceitou um convite do Reading, da Inglaterra, passou alguns dias voluntariamente no Cruzeiro, enquanto aguardava o visto de trabalho para atuar no país britânico e, como essa liberação não ocorreu, acertou com o Atlético-MG.
- Em três, quatro meses, estava no Palmeiras, saí e veio um convite muito honroso da Inglaterra. Não tenho nenhum tipo de ligação profissional com clubes de fora do país e veio o convite do futebol mais organizado do mundo, onde ocorrem muitos recursos e investimentos. O visto demorou, veio a pandemia e, nesse meio tempo, o Cruzeiro fez convite, como outras equipes do Brasil fizeram e não foi possível. De repente, estou no Atlético-MG - lembrou.