Ciente de que Abel Ferreira é um dos nomes cogitados pela CBF para substituir Tite no comando da Seleção Brasileira, o Palmeiras definiu internamente que aguarda até o final do ano para que a entidade máxima do futebol lhe procure para tratar desse assunto.
Fora desse prazo, a diretoria entende que a CBF prejudicará o planejamento do clube e por isso criará empecilhos ainda maiores para liberar o português. A informação foi revelada ao LANCE! por conselheiros do Verdão ligados à presidente Leila Pereira.
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Na avaliação interna da cúpula alviverde, segundo apurado pelo L!, seria no mínimo 'aceitável' que a CBF demonstrasse que de fato teria ou não Abel como um de seus favoritos ao posto.
Isso possibilitaria ao clube, por exemplo, começar a avaliar substitutos, na pior das hipóteses (a do português deixar o Parque Antártica). E desta forma manter boa parte do planejamento traçado para 2023 (a reapresentação do plantel está marcada para o dia 2 de janeiro).
O nome do substituto de Tite, que deixou o selecionado nacional após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, para a Croácia, é mantido em sigilo dentro da CBF.
A entidade definiu que anunciará o substituto do comandante da Seleção Brasileira nas últimas duas Copas do Mundo apenas em janeiro do próximo ano.
- Não falo nem com os meus familiares sobre esse assunto. Por isso, nenhum dirigente ou funcionário da CBF está autorizado a falar do futuro da Seleção. Quem falar sobre isso, não estará dizendo a verdade, além de causar danos ao trabalho da imprensa e levar desinformação aos torcedores. Isso é um desrespeito. Todo o processo será feito com total isenção, tempo e estudo necessários - disse Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
De férias, o comandante palmeirense vem curtindo as praias brasileiras. Estava na Bahia, onde encontrou com o ex-volante do Santos, Preto Casagrande, que fez uma postagem o definindo como o futuro técnico da Seleção.
Sobre o assunto, em si, tanto Palmeiras quanto Abel, que tem contrato com o clube até o fim de 2024, não se manifestaram publicamente agora. Mas comentaram o assunto em outras ocasiões.
- Já tenho um clube verde. E amarelo também. Não faço planos a longo prazo. Vivo por aqui e agora. Vivo 100% o momento aqui. Não faço planos para frente. Não é da minha forma ser e estar. Se me perguntassem há três anos se queria treinar o Palmeiras, eu ia te responder da mesma maneira. Tenho clube, contrato, gosto de estar onde estou. É um assunto que não controlo e não depende de mim - disse o treinador, em março.
Já a presidente Leila Pereira apontou que, apesar de esperar que Abel cumpra o seu contrato, o liberaria para a Seleção.
– Claro que eu liberaria (para a Seleção), seria uma honra para qualquer profissional e para o clube um técnico representando o nosso país. Na minha cabeça, pretendo manter não só o Abel, mas os profissionais que trabalham conosco. Ninguém faz nada sozinho, é um grupo de pessoas extremamente capacitadas. Meu trabalho é que toda essa equipe fique conosco o máximo de tempo possível.
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