Palmeiras envia carta à Fifa pedindo ações contra o racismo, e Leila dispara contra Conmebol
Verdão contou com apoio dos clubes da Libra e da LFU

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O Palmeiras enviou nesta segunda-feira (10) uma carta à Fifa solicitando a intervenção da entidade no combate ao racismo nas competições sul-americanas. O documento, ao qual o Lance! teve acesso, foi assinado pelos clubes da Libra (Liga do Futebol Brasileiro) e da LFU (Liga Forte União).
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A carta destaca uma série de incidentes recentes, incluindo o ocorrido na última semana, quando o atacante Luighi, do Palmeiras, foi vítima de insultos racistas durante um jogo da Libertadores Sub-20.
Como solução, os clubes propõem a responsabilização das equipes envolvidas, com multas que podem chegar a US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) e, em casos de reincidência, até a exclusão do torneio. Caso o torcedor responsável seja identificado e processado criminalmente, a multa poderia ser reduzida para US$ 100 mil (aproximadamente R$ 585 mil).
A Conmebol aplicou uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 288 mil) ao Cerro Porteño, além da obrigação de jogar sem torcida e promover uma campanha educativa contra o racismo. O clube paraguaio foi punido pelo episódio em que um torcedor imitou um macaco em direção ao jogador Luighi.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, criticou duramente a punição aplicada pela Conmebol, classificando-a como vergonhosa e desproporcional.
— A penalidade que a Conmebol determinou foi ridícula. Vocês sabem que para atrasos no início de jogos a multa é de US$ 100 mil, por sinalizador US$ 78 mil. Então, vejam como a Conmebol trata um crime tão grave como o racismo. Achei uma vergonha, tanto que já enviamos uma carta à Fifa pedindo intervenção nesse caso — declarou Leila em entrevista à "Cazé TV".
Além disso, a dirigente questionou o destino da multa aplicada ao Cerro Porteño, destacando que os valores sequer são direcionados às vítimas do racismo.
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— A Conmebol precisa tratar esse crime com a seriedade que merece. No Brasil, as leis são extremamente severas, ainda que nem sempre sejam aplicadas. E a Conmebol? Impõe uma multa de US$ 50 mil, um valor irrisório, que ainda por cima vai para os cofres da própria entidade, não para a vítima. Isso é um absurdo — afirmou.
As punições ao Cerro Porteño ainda podem ser contestadas por meio de recurso, mas o Palmeiras segue pressionando por mudanças estruturais. O clube reafirma que não aceitará punições brandas e promete lutar para que o racismo seja tratado com o devido rigor nas competições sul-americanas.

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