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Palmeiras já prevê superávit e questiona reprovação de contas no COF

Conselho de Orientação e Fiscalização reprovou o segundo balancete de 2018, questionando os contratos com a Crefisa. Membros da diretoria veem influência política <br>

Mauricio Galiotte
imagem cameraPalmeiras não gostou da segunda reprovação de contas do COF (Foto: Divulgação/Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 24/07/2018
10:35

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A reprovação das contas de 2018 pelo segundo mês seguido não foi bem recebida no Palmeiras. Para pessoas próximas à diretoria, a decisão do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) teve influência política, pois não há problema de caixa e o clube deve terminar, inclusive, o semestre com um superávit de cerca de R$ 40 milhões.

O COF até aqui recusou os balancetes de janeiro e fevereiro, que apresentam um déficit de R$ 15,9 milhões no período. Nas próximas semanas serão avaliados os números dos meses seguintes, mas com as vendas de jogadores no meio do ano há a estimativa no clube deste superávit no acumulado até junho.

Outro ponto questionado pelos cofistas foi o gasto acima do previsto no orçamento de 2018 em R$ 26 milhões nos dois primeiros meses. Neste caso, também, fontes ligadas ao Palmeiras citam que até junho o faturamento chega aos R$ 370 milhões, o que já representa cerca de 80% das receitas do ano inteiro na mesma previsão orçamentária.

Estes números ainda serão apresentados ao COF, mas o principal motivo de insatisfação no órgão segue sendo os aditivos nos contratos da Crefisa. Eles questionam o presidente Maurício Galiotte pelo acordo que transformou em empréstimo os R$ 120 milhões investidos pela patrocinadora em reforços.

Por conta desta alteração, a dívida do clube sofreu um aumento de R$ 98 milhões entre dezembro e fevereiro. Desde a assinatura dos aditivos, Galiotte argumenta que o débito está coberto, por ser atrelado aos jogadores. O COF contesta por dizer que o presidente não respeitou a hierarquia interna, ao tomar um empréstimo acima de 10% da receita prevista no ano sem consultar o órgão.

O presidente e seus pares afirmam que as alterações no contrato com a Crefisa foram feitas antes desta norma passar a valer e que há motivação política na reprovação das contas. Mustafá Contursi é um dos membros mais influentes do COF e tornou-se desafeto de Leila Pereira, presidente da Crefisa, e conselheira do clube, eleita com votação recorde pela chapa do agora inimigo.

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