Palmeiras vê prazo apertar e muda de postura na busca por reforços
Janela de transferências se encerra em menos de um mês, e Verdão quer time competitivo para a disputa da Libertadores
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Com a janela de transferências nacional tendo o seu fechamento programado para o dia 4 de abril, o Palmeiras tem adotado uma nova postura no mercado. Se no início de ano imperava a cautela na busca por reforços, tanto que o clube ainda não anunciou atleta algum, a partir de agora a ideia palmeirense é ser mais ‘agressivo’.
E essa iniciativa já pôde ser notada na movimentação que o Palestra tem feito para contratar o volante Allan, do Atlético-MG. Já foram duas propostas apresentadas: 9 e 11 milhões de euros (R$ 46,7 a 57,1 mi, na cotação atual), ambas recusadas pelo Galo, que não deseja reforçar um rival brasileiro. Ainda assim, os valores ofertados pelo Verdão são superiores ao oferecidos para outros atletas da posição.
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A proximidade cada vez maior do encerramento do prazo para contratações explica a mudança na forma com que o Palmeiras está se posicionando no mercado. Em um mês, o Verdão terá pela frente a Libertadores, e os responsáveis pelo futebol palmeirense sabem que é necessário se reforçar pelo menos para recompor as lacunas deixadas com as saídas de Danilo e Gustavo Scarpa, negociados com o Nottingham Forest, da Inglaterra.
PRIORIDADE
O Palmeiras está na busca por um meio-campista defensivo desde que vendeu Danilo, em janeiro. A princípio, a equipe alviverde chegou a trabalhar em cima de três nomes para reposição: Matheus Henrique, do Sassuolo (ITA), Wallace, da Udinese (ITA), e Jean Lucas, do Mônaco (FRA). Em todos os casos, o máximo sinalizado pelos palestrinos foi o pagamento de 6 milhões de euros (R$ 31,1, na cotação atual), pouco menos que metade da última proposta entregue pelos palmeirenses ao Atlético-MG por Allan.
O jogador atleticano é o favorito da comissão técnica do Verdão para reforçar o meio-campo. E a ideia de abrir os cofres para contar com o atleta é justamente pela confiança que eles têm que a contratação desse jogador seria um ‘tiro certeiro’.
Ainda não se sabe se o Palmeiras fará uma nova investida pelo meio-campista do Galo ou se o valor de 11 milhões de euros (R$ 57,1, na cotação atual) é o máximo que o Palmeiras chegará pelo volante. Nos bastidores atleticanos, estima-se que somente uma proposta de 15 milhões de euros (R$ 77,9 mi, na cotação atual) será o suficiente para fazer com que o Atlético-MG cogite liberar o seu camisa 29 para um adversário no Brasil.
QUEM MAIS PODE CHEGAR?
E não é só um volante que o Palmeiras busca. Com a saída de Gustavo Scarpa, no fim do ano passado, para o mesmo Nottingham Forest, da Inglaterra, que recebeu Danilo, o clube palestrino busca uma alternativa de meio-campista/atacante que atue pelos lados do campo. A bola da vez é Artur, do Red Bull Bragantino.
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A direção palmeirense tem usado a boa relação que possui com os dirigentes do Massa Bruta para tentar chegar a uma condição que possibilite abrir negociações. Inicialmente, uma consulta foi feita e nela os representantes do Braga sinalizaram que só liberariam o atacante por 15 milhões de euros (R$ 77,9 mi, na cotação atual), valor considerado alto pelo Verdão, principalmente porque Artur foi cria palmeirense e vendido ao próprio Red Bull Bragantino, em 2020, por 6 milhões de euros (R$ 27 mi, à época).
Em um segundo momento, o Palmeiras chegou a tentar envolver o meio-campista Matheus Fernandes para facilitar que o negócio acontecesse, mas isso também não prosseguiu. O volante, que pertence ao Verdão e está emprestado ao Braga até o fim do ano, terá 60% dos direitos econômicos comprados pela equipe do interior paulista por 1,8 milhões de euros (R$ 9,3 mi, na cotação atual), mas a diretoria do Toro Loko rechaçou qualquer possibilidade que o negócio pudesse envolver uma possível venda de Artur.
Nos bastidores, trabalha-se com a hipótese do Massa Bruta liberar Artur ao Palestra por uma proposta de 10 milhões de euros (R$ 51,9 mi, na cotação atual).
Antes de ‘apostar’ em Artur, o Palmeiras buscou dois outros nomes para o ataque: Michael, ex-Flamengo, que está no Al Hilal, da Arábia Saudita, e Luiz Araújo, cria do São Paulo, e que atualmente defende o Atlante United, dos Estados Unidos.
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No caso de Michael, o Verdão fez duas propostas para tirá-lo da equipe saudita, mas ambas foram recusadas. Na primeira, a oferta foi por um empréstimo, já na segunda os palmeirenses acenaram pagar 5 milhões de dólares (R$ 26 mi, na cotação atual) pelo jogador.
Porém, o Al Hilal vive um momento delicado, banido pela Fifa de contratar novos atletas. Assim, caso libere algum jogador, o clube não conseguiria repor. A equipe trabalha para resolver essa situação até o fim da temporada local, no meio do ano. Caso isso aconteça, é possível que Michael seja liberado para retornar ao Brasil no segundo semestre. O próprio jogador deseja voltar ao seu país. Se a situação acontecer, não é descartada uma nova investida palmeirense na próxima janela de transferências.
Sem sucesso na tentativa de contratar Michael já para esse início de temporada, o Palmeiras chegou a abrir conversas com o estafe do Luiz Araújo, mas também esbarrou nos valores, tanto para compra, quanto de salários.
O ex-são-paulino foi contratado pelo Atlanta por 12 milhões de dólares (R$ 62,3 mi, na cotação atual), no segundo semestre de 2021, e a equipe que disputa a MLS não aceitaria vender o atleta por um valor menor. Além disso, os vencimentos de Luiz nos Estados Unidos giravam em torno de R$ 1,5 milhão por mês, algo considerado surreal pela cúpula palmeirense.
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