Palmeiras e Puma são parceiros desde 2019, e estão juntos em toda essa fase vitoriosa, que conta com duas Libertadores conquistadas e duas participações em Mundial de Clubes. No entanto, o casamento tem passado por alguns pontos de desacordo que, segundo apurou o LANCE!, caminha para uma melhora na relação das partes.
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No acordo entre clube e fornecedora de material esportivo, consta a exclusividade no Brasil, ou seja, nenhuma outra agremiação poderá ser patrocinada pela empresa enquanto estiver sob contrato com o Verdão, que tem validade até a temporada de 2024. Vale lembrar que o vínculo foi renovado no ano passado após o sucesso da parceria.
Acontece que, assim como em outros relacionamentos, há pontos de divergência. Por parte do Palmeiras, um deles foi bastante citado pelas fontes consultadas pelo LANCE!: a distribuição de camisas oficiais. Segundo ouviu a reportagem, a reclamação é de que a tiragem é muito pequena para atender à torcida palmeirense, que mostrou crescimento nas últimas pesquisas e é muito engajada.
O LANCE! também consultou lojistas, em condição de anonimato, que revelaram a falta de peças para atender às demandas da torcida. A situação vem desde 2019 e gera reclamações do público alvo, que muitas vezes têm dificuldades de encontrar os modelos. De acordo com o que foi ouvido pela reportagem, já há conversas em andamento sobre esse tema para tentar corrigir a questão.
Recentemente, o clube enviou carta à empresa registrando os pontos que tinha a reclamar. Ao LANCE!, fontes também disseram que no início do ano já houve uma divergência com a Puma por conta do vídeo de lançamento da camisa deste ano. A mudança de perfil nos presidentes também influencia, uma vez que Leila Pereira tem uma postura bastante diferente nas tratativas do que Maurício Galiotte.
Outro assunto que incomoda o Verdão é um desejo de campanha de Leila em ter uma linha de camisas com preços mais populares, em virtude dos altos valores das camisas oficiais, que acabam afastando os torcedores de expor a marca palmeirense, ou induzem o público a comprar camisas "piratas" que atendem aos bolsos alviverdes.
Para esse assunto, já há um modelo em desenvolvimento que será colocado em breve para vender. A equação não é fácil, já que é preciso manter a qualidade do produto que leva as marcas Puma e Palmeiras, e conseguir colocá-lo no mercado por um preço popular.
A reportagem do LANCE! também conversou com fontes da Puma, igualmente em caráter de anonimato, que admitiram os desentendimentos com o Palmeiras em alguns pontos, incluindo a alegação de dificuldade de criação de uma linha a preços populares. Assim como há reclamações sobre os profissionais do departamento de marketing do Alviverde, que sofreu mudanças na gestão de Leila.
Segundo fontes consultadas junto ao marketing palmeirense, os conflitos se dão por conta da defesa dos interesses do Verdão e dos torcedores em termos da quantidade, qualidade e valores dos produtos, que seria uma obrigação de quem trabalha para o clube.
O Palmeiras, nos bastidores, não nega os pontos de desentendimento, mas acredita que as conversas têm melhorado desde as mudanças nos representantes da Puma no relacionamento com o clube. Ambas as partes acreditam que pode haver uma evolução nessas tratativas pensando no melhor para os envolvidos, que já trabalham no desenvolvimento da quarta camisa do clube.
A Puma foi consultada de forma oficial pela reportagem para se manifestar sobre o tema. No entanto, segundo a assessoria de imprensa da marca, a empresa não comenta rumores.
Nos últimos dias, Palmeiras e Puma lançaram um vídeo ironizando um possível desentendimento entre as partes. Já no último jogo, diante do Goiás, no Allianz Parque, os dirigentes palmeirenses receberam membros da cúpula da empresa, tais como o presidente para o Brasil Sebastian Diaz, e a diretora de marcas, Rubia Dalla Pria.