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Ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi é condenado por cambismo

O hoje conselheiro do clube terá de pagar 25 salários mínimo, além de multa, por acusação de venda ilegal de ingressos que recebia gratuitamente da Crefisa, mas ainda pode recorrer

Mustafá Contursi
imagem cameraMustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras, foi condenado na acusação de venda ilegal de ingressos (Thiago Ferri)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/05/2020
14:40
Atualizado em 18/05/2020
16:46

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Ex-presidente do Palmeiras, Mustafá Contursi foi condenado na acusação de cambismo. Membro nato do Conselho de Orientação e Fiscalização e também parte do Conselho Deliberativo, ele foi acusado de participação em venda ilegal de ingressos que recebia gratuitamente da Crefisa, patrocinadora do Verdão, em 2017, para distribuir a associados. Ainda cabe recurso.

Mustafá foi condenado a três anos e dez meses de reclusão. Como não tem antecedentes criminais, a pena foi transformada no depósito do equivalente a 25 salários mínimos a instituição social, além do pagamento de multa.

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Outros dois envolvidos também foram condenados. Eliane de Souza Guimarães Fontana, associada do clube, teve pena de dois anos e oito meses de reclusão convertida em trabalhos sociais pelo mesmo período e doação de um salário mínimo para uma instituição, além do pagamento de multa. Anderson Munari, conhecido Dand ou Alemão, segundo o processo, foi punido com um ano e seis meses de reclusão, também teve a punição transformada em serviços sociais, doação de salário mínimo e multa.

O processo aponta irregularidades cometidas entre novembro de 2016 e setembro de 2017. A acusação é que Mustafá recebia da Crefisa 70 ingressos para distribuir entre sócios e conselheiros e que o próprio fez venda superior ao preço impresso no bilhete por seis vezes entre abril e setembro de 2017. O esquema, de acordo com o processo, envolvia ainda Eliane, que recebia os ingressos, e Anderson, que pegava os bilhetes e os vendia. Há testemunhas alegando que pagaram R$ 200 ou R$ 300 por cada ingressos.

A Crefisa foi classificada como assistente de acusação. Leila Pereira, proprietária da empresa e conselheira do clube, chegou a prestar depoimentos sobre o caso em 2017. Presidente do Palmeiras entre 1993 e 2005, Mustafá Contursi foi uma espécie de padrinho político de Leila no clube, mas a relação rompeu-se de vez com a acusação de cambismo.

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