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‘Projeto CX10’ segue, e preparador não descarta 90 minutos no sábado

Cleiton Xavier continua fazendo trabalhos especiais para evitar lesões e fortalecer a musculatura. Ele jogou 70 minutos sábado passado e está em evolução constante

Cleiton Xavier deu duas assistências na estreia do Palmeiras no Brasileirão 
imagem cameraCesar Greco/Palmeiras
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/05/2016
20:34
Atualizado em 23/06/2016
12:15

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Cleiton Xavier foi titular, deu duas assistências e saiu de campo aplaudido na goleada do Palmeiras sobre o Atlético-PR, no último sábado, pela primeira rodada do Brasileirão. A torcida se empolgou com o ressurgimento do camisa 10, mas a ordem no clube é colocar os pés no chão e evitar o oba-oba. Afinal, o "projeto CX10" continua.

- O retorno dele tem sido construído pela comissão técnica toda. Nesse segundo momento que nós tivemos, que foi depois da minha chegada, priorizamos algumas formas de treinamento que tirassem o impacto do campo, que era o que nos atemorizava mais. Usamos recursos como piscina e bicicleta, além dos treinos com bola. Até agora tem dado certo. Músculo não é ciência exata, lesão muscular não tem explicação exata, mas as coisas têm dado certo – disse o preparador físico do Verdão, Omar Feitosa, ao LANCE!.

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Quando Cleiton Xavier terá condições de jogar por 90 minutos? Essa é a dúvida da torcida, do jogador e de todos os profissionais do Palmeiras. Embora a evolução esteja animadora, será preciso aguardar a evolução dele nos jogos. No sábado, foram 70 minutos.

- Não vou te dizer que no próximo jogo (sábado, contra a Ponte Preta) ele não vai jogar 90 minutos. Às vezes a exigência do jogo é menor ou maior que o esperado. Mas dentro de uma lógica, se é que a gente pode pensar assim, não só ele, mas a maioria dos atletas vai estar em condição de suportar bem os 90 a partir da terceira, quarta ou quinta rodada do Campeonato Brasileiro - disse Omar.

Cleiton livrou-se recentemente de uma série de problemas musculares. Foram três lesões de grau elevado em sequência e oito meses sem participar de uma partida de futebol. Sempre que era liberado para trabalhar no gramado, o jogador sentia muito o aumento da carga de trabalho e voltava a se machucar.

Com o consentimento de diretoria e comissão técnica, preparadores físicos e fisioterapeutas decidiram dar um passo para trás, deixando o armador afastado do time durante toda a primeira fase do Estadual e de grande parte da Libertadores, para depois dar dois passos à frente, transformando-o em um atleta mais forte e resistente, pronto para ser decisivo em todo o segundo semestre.

Cleiton foi acionado durante os jogos contra River Plate (URU) e Santos e voltou a ser titular no último sábado, o que não acontecia desde agosto de 2015. Foi beneficiado pelo período de 19 dias sem jogos que o Palmeiras teve para se preparar, mas seu cronograma vai bem além disso:

- Foi um trabalho muito importante, não só nesses 20 dias. Eu já vinha fortalecendo os músculos, ganhando massa. Realmente é uma coisa que vou levar para o resto da minha carreira, está me fazendo bem - admitiu o jogador, que chega mais cedo e sai mais tarde que a maioria dos companheiros.

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Cleiton Xavier durante treino do Palmeiras (FOTO: Cesar Greco/Palmeiras)
Cleiton Xavier faz atividade (FOTO: Cesar Greco/Palmeiras)

Confira o bate-bola com o preparador físico do Verdão, Omar Feitosa:

LANCE!: A expectativa era de que o Cleiton Xavier não fosse tantas vezes para o campo, mas ele trabalhou sem problemas no período sem jogos. A tendência é de que continue assim?
Omar: O que nós temos aqui de ferramenta para avaliar se o jogador pode ir para o campo ou não é bem interessante. Não acerta todas, mas minimiza a quantidade de erros. Dependendo do resultado das avaliações do dia a dia, da conversa que tivermos com ele e da nossa sensibilidade, talvez a gente repita o mesmo processo nos próximos dias.

Como vocês definem se ele treina no campo ou outro lugar?

Existem marcadores biológicos que dão a ideia de como o atleta está do ponto de vista de fadiga, existem aparelhos que dão ideia se está predisposto a ter uma lesão naquele dia, existe um pequeno questionário de percepção subjetiva de esforço, em que o atleta relata como está naquele momento. O Cleiton é experiente, muito profissional, e isso ajuda. Além de tudo, o olhar para trás, a carga de treinamento, a carga de jogo... Você soma uma série de fatores e leva para treinar ou não, ou faz apenas uma parte do treinamento. Isso tudo minimiza o erro, mas não impede que o atleta tenha uma lesão por um outro motivo, mecânico (causado por determinado movimento, não por fadiga) às vezes.

Se não vai para o campo, como definir se vai para piscina, caixa de areia...?

Depende dos indicadores, depende de como está a parte músculo-tendínea dele, se está dolorida ou não. Levamos para a piscina para treinar a parte cardiopulmonar sem o impacto nos tendões, ou na areia, com menor carga, mas com exigência de força muscular. São ferramentas que utilizamos para deixá-lo em boa condição física mesmo que em alguns momentos não vá para o gramado.

Ele reagiu bem ao jogo?

Ele foi muito bem. Não sei te precisar os números, mas ele foi bem em termos de distância percorrida, o scout técnico também foi muito bom. Ele jogou 70 minutos, foi super satisfatório para nós todos. Temos que lidar agora com o pós-jogo, para recuperá-lo bem, para ele treinar e ir para o jogo. É uma tríade virtuosa, esforço, repouso e treinamento, para ter um novo esforço. De qualquer maneira, a parte estratégica e tática é superior a todas as outras. Se houver uma necessidade do treinador, temos que fazer com que o Cleiton esteja recuperado.

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